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Filmes da Semana - 30/05/2015 Assinantes

Amigos do Cinema em Cena,

não sei se viram, mas iniciei um projeto novo no qual irei comentar todos os episódios de Breaking Bad seguindo o estilo "Cenas em Detalhes". O piloto está disponível no meu blog, mas adivinhem só? Sim, as próximas edições serão exclusivas para os assinantes do Cinema em Cena. Porque vocês são uns amores. :)

Bom, com a cobertura do Festival de Cannes encerrada (espero que tenham curtido), retomemos os breves comentários sobre os filmes que vi recentemente:

 

A Busca (Idem, Brasil, 2013)
Wagner Moura, como de hábito, se entrega com intensidade e sensibilidade ao papel – e o filme faz jus à sua performance até cerca de metade da projeção, quando, então, começa a prolongar a narrativa e a torná-la cada vez mais implausível a fim de chegar a uma catarse artificial que desaponta. 3/5

 

Entre Abelhas (Idem, Brasil, 2015)
Tem crítica no site.

 

O Protetor (The Equalizer, EUA, 2014)
O herói é interessante em sua composição quase sobrenatural e ganha, em Denzel Washington, um intérprete capaz de convencer o espectador não só de sua competência como assassino, mas também de sua sensibilidade. Porém, a trama é absurda demais para ter qualquer peso dramático. 3/5

 

O Franco-Atirador (The Gunman, Espanha/Inglaterra/França, 2015)
Tem crítica no site.

Os Incríveis (The Incredibles, EUA, 2004)
Tem crítica no site.

 

Chumbo Grosso (Hot Fuzz, Inglaterra, 2007)
Edgar Wright é um dos poucos cineastas da atualidade que compreendem o poder da câmera, da montagem e do som para criar comédia. Com isso, não só ele consegue fazer uma sátira excelente do gênero policial, mas também homenageá-lo e – o mais incrível – convencer o espectador da seriedade de seu protagonista mesmo diante de uma trama absolutamente insana e tola. 5/5

 

Mais um Verão Americano (Wet Hot American Summer, EUA, 2001)
A ideia óbvia é a de satirizar as comédias sexuais da década de 80, mas a única coisa que o filme consegue é testar a paciência do espectador com longas cenas que não atingem o efeito cômico desejado, com uma infinidade de personagens desinteressantes (apesar do ótimo elenco) e uma trama que serve como mero fiapo narrativo para permitir que os realizadores pendurem nele piadas frágeis em sua concepção e execução. 2/5

 

Encontros e Desencontros do Amor (They Came Together, EUA, 2014)
Chega a ser incrível que o responsável por este filme seja o mesmo que conduziu o desastroso “Mais um Verão Americano”. Não que “Encontros e Desencontros do Amor” seja uma obra-prima, pois está longe disso – mas ao menos é uma colagem muito mais orgânica de clichês do gênero que pretende satirizar, além de merecer aplausos pelo nonsense que frequentemente surpreende o público. 3/5

 

Mary e Max: Uma Amizade Diferente (Mary & Max, Austrália, 2009)
Mary & Max adota a forma de fábula para refletir sobre a realidade da depressão. É uma animação sobre a melancolia de viver preso em si mesmo – mas é também um manifesto esperançoso sobre como é possível encontrar salvação no próximo - por mais partido que este seja. 5/5

 

Charlie Victor Romeo (Idem, EUA, 2013)
Uma adaptação teatral que parece não ter feito qualquer esforço para soar mais cinematográfica, parecendo até mesmo utilizar os cenários minimalistas dos palcos, este atípico docudrama, que recria os momentos finais de vôos vitimados por desastres, consegue gerar tensão simplesmente a partir de sua premissa básica, já que, por mais artificial que seja a mise-en-scène, jamais deixamos de reconhecer que aquelas falas e situações são recriações de tragédias colossais. 2/5

 

Love Me (Idem, EUA/Ucrânia/Austrália, 2014)
O documentário alcança um efeito curioso: se inicialmente encaramos seus personagens como indivíduos patéticos, aos poucos passamos a nos importar profundamente com seus sentimentos, aspirações e inseguranças – e, no processo, descobrimos bastante sobre a cultura curiosa retratada pelo filme. 3/5

 

Parallels (Idem, EUA, 2015)
Obviamente concebido como piloto de série, apresenta sua base de forma até moderadamente eficiente, mas peca pelos personagens esquemáticos, pelos efeitos visuais prejudicados pelo baixo orçamento e, claro, pela falta de uma conclusão. 2/5

 

Hotline (Idem, EUA, 2014)
O conceito é bom: descobrir e conhecer quem está por trás de serviços prestados através do telefone. Porém, ao abordar todo tipo de empresa, desde aquelas que prestam auxílio gratuito a indivíduos com pensamentos suicidas até outras que fazem leituras de carta cobrando pequenas fortunas (passando por dique-sexo e até mesmo um sujeito que, solitário, se oferece simplesmente para conversar), o documentário perde o foco, já que se tratam de experiências e motivações radicalmente diferentes umas das outras. 3/5

 

Showrunners: The Art of Running a TV Show (Idem, EUA/Irlanda, 2014)
Oferece um olhar interessante sobre a profissão de criador/condutor de séries de televisão, entrevistando diversas figuras influentes do meio. Por outro lado, é construído de forma burocrática e limitado pelo fato de nenhum dos entrevistados, por motivos óbvios, desejarem se abrir excessivamente sob o risco de comprometerem suas carreiras. 3/5

Um grande abraço e bons filmes!

Sobre o autor:

Pablo Villaça, 18 de setembro de 1974, é um crítico cinematográfico brasileiro. É editor do site Cinema em Cena, que criou em 1997, o mais antigo site de cinema no Brasil. Trabalha analisando filmes desde 1994 e colaborou em periódicos nacionais como MovieStar, Sci-Fi News, Sci-Fi Cinema, Replicante e SET. Também é professor de Linguagem e Crítica Cinematográficas.
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