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Cinco perdas de memória inesquecíveis Clube dos Cinco

Em O Vingador do Futuro, que atualmente tem sua refilmagem em cartaz nos cinemas, o protagonista passa por um processo de implante de memória e acaba ficando sem saber qual é sua verdadeira identidade. Neste Clube dos Cinco, relembramos (com direito ao trocadilho barato, é claro) outras perdas de memórias do cinema.

Amnésia (2000) – por Heitor Valadão

Antes de continuar lendo, preste atenção nos dez segundos iniciais deste trailer:



Podemos sempre contar com as distribuidoras brasileiras para dar a um filme um título do qual o próprio protagonista discorda. Leonard Shelby, personagem interpretado por Guy Pearce, não consegue preservar sua memória recente. A última coisa de que se lembra é do assassinato de sua esposa. O resto ele anota e faz tatuagens em seu corpo.

Para contar a história de um homem que não consegue guardar cinco minutos do que acaba de acontecer, o diretor Christopher Nolan e seu irmão e roteirista Jonathan tiveram a brilhante ideia de contar o filme de trás para frente, intercalado por cenas de Shelby conversando por telefone com uma pessoa misteriosa. Independente de sua opinião sobre o filme, a técnica funciona assustadoramente bem.

Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças (2004) – por Larissa Padron

O brilhante roteirista Charlie Kaufman e o igualmente ótimo diretor Michel Gondry já tinham provado que esta dupla funciona no subestimado Natureza Quase Humana (2001). Mas os esforços dos dois foram além em Brilho Eterno Eterno de Uma Mente Sem Lembranças, fazendo um filme (com o perdão de mais um trocadilho) inesquecível.

No longa, a fictícia empresa Lacuna Inc. apaga as memórias indesejadas, que causam sofrimento nas pessoas, e ao descobrir que sua ex-namorada Clementine (Kate Winslet) o apagou de suas lembranças, Joel (Jim Carrey) contrata o serviço para fazer o mesmo. No entanto, o rapaz desiste no meio do processo... E é por isso que Brilho Eterno está em nossa lista.

Diferente de filmes em que o protagonista perde a memória, neste Joel luta dentro de sua própria cabeça para não perdê-la, escondendo Clementine nos lugares ocultos de suas lembranças, o que resulta em uma das cenas mais “bonitinhas” do cinema, quando Winslet pede a Carrey: “Me leve para algum lugar onde eu não pertenço”, e ele responde: “Eu não consigo lembrar de nada que não tenha você". Confira:

Come Se Fosse a Primeira Vez (2004) – por Tullio Dias

Como se Fosse a Primeira Vez é o romance dos sonhos de toda pessoa que é incapaz de evitar brigas durante uma relação. Imagine como seria bom acordar no outro dia e ninguém se lembrar daquela discussão que terminou com as portas batendo e juras de ódio? No entanto, o lado positivo não compensa muito os pontos negativos de uma relação assim.

A personagem de Drew Barrymore sofre com uma rara (e fictícia) síndrome de Goldfield, e não consegue se recordar de nenhum acontecimento recente. Tudo isso foi um grande obstáculo para o cabeça de ovo Adam Sandler conseguir conquistar a moça, mas, com muito esforço e boa vontade, o amor dos dois acabou sendo recompensado.

Dirigido por Peter Segal, Como se Fosse a Primeira Vez mistura doses elevadas de romance com comédia e deixa uma bela lição do que é amor incondicional e a perseverança.

A Identidade Bourne (2002) – por Renato Silveira

A ideia original, na verdade, não surgiu no cinema, mas no livro de Robert Ludlum, A Identidade Bourne, de 1980. Jason Bourne, o espião sem memória, foi interpretado por Richard Chamberlain na produção televisiva de 1988 antes de Matt Damon tornar o personagem um ícone da revolução dos filmes de espionagem e de ação, com o estilo frenético e preciso de Paul Greengrass nos dois longas do meio da franquia (A Supremacia Bourne e O Ultimato Bourne), que influenciou até mesmo 007, a franquia mor do gênero.

Não que o primeiro longa, de 2002, dirigido por Doug Liman, não seja competente. É também um grande filme de ação, e nele toda uma nova geração conheceu Jason Bourne, que é encontrado à deriva por pescadores, sem lembrar-se quem é e como foi parar ali. As pistas são descobertas aos poucos por Bourne, que se surpreende a cada habilidade que desempenha como reflexo de alguma ação.

A trilogia Bourne fez tanto sucesso que os produtores insistiram em realizar um quarto filme, mesmo sem Damon e Greengrass: O Legado Bourne mantém ligações fortes com a história de Jason Bourne, mas o protagonista é outro personagem, Aaron Cross, interpretado por Jeremy Renner. O filme é dirigido por Tony Gilroy (roteirista dos três primeiros) e, apesar de ter o mesmo título de um livro da série (escrito por Eric Van Lustbader), tem uma história original (os dois filmes anteriores também têm enredos diferentes dos livros homônimos).

Superman II – por Heitor Valadão

A mais infame amnésia da história do cinema não poderia ficar de fora do nosso Clube dos Cinco. Na visão original do diretor Richard Donner para Superman - O Filme e Superman II, o herói salvaria a Terra de um míssil nuclear jogando-o no espaço. A explosão consequentemente libertaria o General Zod e seus capangas da Zona Fantasma. Quando Lois Lane descobre a identidade do herói, aí, sim, Superman faria o planeta girar ao contrário e apagaria todas as lembranças da intrépida repórter.

Mas Donner recebeu ordens dos produtores Alexander e Ilya Salkind de entregar apenas o primeiro filme, forçando a alteração do final e resultando em um dos melhores filmes de super-herói de todos os tempos. Já o novo diretor de Superman II, Richard Lester, ficou com a dura tarefa de bolar uma nova maneira para Lois Lane esquecer que Clark Kent e Superman são a mesma pessoa. A solução encontrada? Um simples beijo.

Superforça, capacidade de voar, invulnerabilidade, visão de raios-X, visão de calor, sopro congelante, superaudição... e aparentemente um beijo mais eficaz do que um "Boa noite, Cinderela".

MENÇÃO HONROSA

Procurando Nemo (2003) - por Renato Silveira

Ela não poderia faltar, não é mesmo? Dory, a peixe espiga que rouba a cena em Procurando Nemo, sofre do mesmo mau do protagonista de Amnésia, só que de uma maneira hilariante. Não é improvável que o sucesso de Dory seja o principal responsável por fazer do filme um dos mais populares e rentáveis dentre as animações da Pixar.

Dublada por Ellen DeGeneres, Dory continuará a nadar em Procurando Nemo 2.

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