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Os membros do CLUBE DOS CINCO E aí, meu irmão, cadê você?

Em sinergia com a nossa outra coluna, atendendo ao pedido de nosso leitor Renato Sabbado, esta semana respondemos aqui: "E aí, Clube dos Cinco, Cadê Você?".

Judd Nelson - Bender, o marginal

Que pena. O personagem mais chamativo do Clube acabou não dando em nada. Judd Nelson até começou bem sua carreira no chamado Brat Pack, fazendo logo na sequência do filme de John Hughes o drama O Primeiro Ano do Resto de Nossas Vidas, que também trazia seus colegas Emilio Estevez e Ally Sheedy. Estranho pensar que praticamente no mesmo ano em que interpretaram adolescentes no segundo grau, também interpretaram ex-universitários. Nelson rapidamente tornou-se uma auto-paródia. Mesmo com uma elogiada atuação em New Jack City para o diretor Mario Van Peebles, o ator acabou preso a papéis em filmes pequenos para o mercado de homevideo.

Conseguiu alguns anos de trabalho estável como o chefe de Brooke Shields na série Suddenly Susan. De vez em quando, consegue papéis um pouco melhores (e menores) em filmes como a comédia metaleira Os Cabeças de Vento e séries de TV. Seu próximo trabalho a ser lançado nos EUA será o terror trash Nurse 3D.  

Emilio Estevez - Andrew, o atleta

O filho mais velho de Ramon Antonio Gerard Estevez, mais conhecido como Martin Sheen, nunca teve problemas com drogas, ao contrário de seu irmão mais novo, Charlie. Para evitar ser reconhecido apenas como "aquele garoto filho do pai famoso", Estevez manteve o verdadeiro nome de família quando começou a atuar no início dos anos 80.

Depois de chamar a atenção em alguns trabalhos para a televisão, acabou escalado para Vidas Sem Rumo, de Francis Ford Coppola. "Coincidentemente", seu pai já tinha feito Apocalypse Now com o diretor. Ganhou assim o papel do jovem Otto em Repo Man - A Onda Punk, de Alex Cox, chegando finalmente ao clássico de John Hughes, Clube dos Cinco.

Estevez na verdade tinha sido escalado para o papel do marginal Bender, mas como o diretor não conseguia ninguém para o papel do atleta Andrew, o ator acabou trocando de lugar com Judd Nelson.

Desde cedo, enquanto fazia papéis em filmes ao lado de seus colegas de Brat Pack, Estevez já se interessava em roteirizar e dirigir seus próprios filmes. Escreveu A Força da Inocência, onde também atuou ao lado de Craig Sheffer e Morgan Freeman para o diretor Christopher Cain, com quem voltaria a trabalhar anos mais tarde em Os Jovens Pistoleiros, após o fracasso de Wisdom, sua empreitada na direção e roteiro. A derrota não derrubou Estevez. Para recuperar seu prestígio, voltou a atuar em Tocaia e a continuação de Os Jovens Pistoleiros, além de atuar e dirigir em Trabalho Sujo, a terceira vez que trabalharia com seu irmão Charlie.

Mesmo com o fracasso da ficção-científica de ação Freejack - Os Imortais, Estevez continuou levando a carreira de ator com escolhas ecléticas como a comédia pastelão Máquina Quase Mortífera e o eficiente e injustamente ignorado thriller Uma Jogada do Destino. Depois do sucesso surpresa de Nós Somos os Campeões e sua continuação, que inclusive deu origem a um time de hockey de verdade chamado The Mighty Ducks, ele aceitou fazer uma breve aparição em um terceiro filme com a condição de que a Disney ajudasse a lançar seu novo trabalho na direção: The War at Home. Não deu muito certo e seu trabalho seguinte como diretor foi o filme para TV Censura Máxima, sobre dois irmãos que produziam filmes pornográficos.

Em 2006, Estevez ganhou elogios pelo drama Bobby, que não teve grande bilheteria. Recentemente, filmou The Way, outro trabalho elogiado como diretor que vem rendendo prêmios à atuação de seu pai. Foi casado apenas uma vez, brevemente, com a cantora Paula Abdul.

Ally Sheedy - Allison, a esquisita

Antes de entrar para o Clube dos Cinco, Ally Sheedy já tinha feito alguns filmes de destaque como Bad Boys, com Sean Penn, e Jogos de Guerra, com Matthew Broderick. Além disso, aos 12 anos já era uma escritora consagrada com seu primeiro best-seller, She Was Nice To Mice, um encontro entre a rainha Elizabeth I e um rato. Também emendou, após Clube, um dos papéis de O Primeiro Ano do Resto de Nossas Vidas, onde se estranhou com o diretor Joel Schumacher durante as filmagens.

Sheedy continuou estável na carreira com Cinderela às Avessas e Mamãe Não Quer Que eu Case, mas sempre querendo se afastar da imagem de adolescente, inclusive fazendo papéis em produções de conotação sexual como a série The Red Shoes Diaries (que também tinha David "Fox Mulder" Duchovny antes da fama).

Hoje, ela vive de produções teatrais e participações em séries, sendo a mais recente como uma personagem recorrente em Psych.

Molly Ringwald - Claire, a patricinha

Talvez só os anos 80 possam explicar como uma moça sem sal como Molly Ringwald quase se tornou uma grande estrela. Mas a verdade é que depois de Clube dos Cinco, a carreira de Ringwald teve poucos pontos altos, como A Garota de Rosa Shocking, O Rei da Paquera e Mais ou Menos Grávida.

Depois disso, a vida da atriz resumiu-se a filmes feitos para a TV a cabo americana, inclusive a minissérie A Dança da Morte, adaptada de um livro de Stephen King.

Kevin Williamson, criador da série Dawson's Creek e roteirista de Pânico, tentou trazer Ringwald de volta aos holofotes com uma pequena participação em Tentação Fatal, estreia do roteirista como diretor em 1999. O filme foi um fracasso.

Até poucos tempo atrás,  a atriz trabalhava mais como crítica literária para um jornal, mas ainda atua ocasionalmente. Até o ano passado, trabalhou por quatro temporadas na série de TV A Vida Secreta de uma Adolescente Americana. Hoje, prefere se dedicar à carreira de mãe.

Anthony Michael Hall - Brian, o CDF

Mesmo antes do Clube dos Cinco, Anthony Michael Hall já era um pequeno astro da comédia, com sucessos como Férias Frustradas e Gatinhas e Gatões em seu currículo, além de ter sido o mais novo comediante do Saturday Night Live, onde atuou por uma rápida temporada aos 17 anos e se demitiu por problemas com a bebida.

Após Clube dos Cinco, ele continuou sua parceria com John Hughes em Mulher Nota 1000, mas logo se cansou de repetir o estereótipo do nerd. Encarou o thriller Chuva de Chumbo e a comédia Johnny Bom de Transa já tentando mudar sua imagem. Poderia ter dado mais certo, já que, após interpretar o vilão Jim em Edward Mãos de Tesoura, acabou ficando preso vários anos em papéis em séries e filmes de TV.

Sua redenção veio quando, já bem mais velho, viveu Bill Gates no telefilme Piratas da Informática, o que lhe rendeu o papel principal na série de TV The Dead Zone, que teve seis temporadas. Conseguiu um rápido papel como um repórter em Batman - O Cavaleiro das Trevas de Christopher Nolan e hoje voltou às participações em séries como Community e Warehouse 13. Seus próximos trabalhos são a comédia Sexy Evil Genius e o drama Cottonwood.

Menção Honrosa: Paul Gleason - Professor Richard Vernon

Você vai se lembrar de Paul Gleason como o policial que "se não faz parte da solução, faz parte do problema" em Duro de Matar, mas sua carreira começou bem antes. Marcado por seus papéis emblemáticos e frases feitas, como "You mess with the bull, you get the horns", Gleason agora sofre a maldição do typecasting e tem sempre que repetir seus personagens. Em Não é Mais um Besteirol Americano, ele não apenas reprisa seu personagem Richard Vernon, de Clube dos Cinco, como praticamente repete completamente uma cena (com uma ou outra piada barata no meio).

Atualização: o ator Paul Gleason faleceu em 2006, vítima de um raro tipo de câncer de pulmão apenas três semanas após ter sido diagnosticado. Vale lembrar que, ainda assim, Gleason teve trabalhos lançados em 2008 e 2011, causando a confusão. Agradecemos ao leitor Wagner Nascimento de Souza pela correção.

Sobre o autor:

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