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Críticas por Pablo Villaça

Datas de Estreia: Nota:
Brasil Exterior Crítico Usuários
17/11/1995 17/11/1995 4 / 5 4 / 5
Distribuidora
Duração do filme
114 minuto(s)

Direção

Rob Reiner

Elenco

Michael Douglas , Annette Bening , Michael J. Fox , Martin Sheen , David Paymer , Richard Dreyfuss

Roteiro

Aaron Sorkin

Produção

Rob Reiner

Fotografia

John Seale

Música

Marc Shaiman

Montagem

Robert Leighton

Design de Produção

Lilly Kilvert

Figurino

Gloria Gresham

Direção de Arte

John Warnke

Meu Querido Presidente
The American President

Dirigido por Rob Reiner. Com: Michael Douglas, Annette Bening, Michael J. Fox, Martin Sheen, David Paymer, Richard Dreyfuss.

Rob Reiner é um romântico. Pelo menos, é um dos melhores diretores da atualidade quando o assunto é `comédia romântica`. São dele Harry & Sally - Feitos um Para o Outro e A Princesa Prometida. Além disso, Reiner trabalhou (como ator) em Sintonia de Amor, um dos melhores filmes do gênero no atual cinema americano. E agora ele está de volta com este Meu Querido Presidente.

O filme não decepciona. É puro entretenimento. É um daqueles filmes para se ver com a paquera, namorada, noiva ou esposa ao lado, e aproveitar o clima criado para também se tornar romântico. Sintonia de Amor, por exemplo, deve ter sido a inspiração para o início de vários romances pelo mundo afora. É leve, divertido e gratificante.

Andrew Shepherd é o Presidente dos Estados Unidos (nome sugestivo, não? `Pastor` é um bom nome para o líder de uma nação...), tem quarenta e poucos anos, é viúvo e tem uma filha inteligente e carinhosa. Tem, também 63% de aprovação da população e uma equipe que o admira e seria capaz de tudo por ele. Mas não é totalmente feliz. A morte de sua esposa deixou um vazio em sua vida. E não só no sentido político (para ir a eventos públicos, é acompanhado por uma prima), mas também em sua alma. Ele precisa de alguém.

Sydney Ellen Wade é uma lobbista do meio ambiente. Ela quer aprovar uma lei a fim de diminuir a destruição da camada de ozônio. Um dia, em uma reunião na Casa Branca, ela pronuncia um pequeno discurso contra o Presidente (na ausência deste, é claro), que termina afirmando que ele é `o chefe do Executivo da Ilha da Fantasia`. Infelizmente para Sydney, Shepherd entra na sala naquele instante e ouve as últimas palavras da moça, que fica totalmente desconcertada. O Presidente a convida, então, para uma conversa em particular, na qual faz um acordo informal quanto a tal lei e - o mais importante - a convida para jantar na Casa Branca, durante um banquete oferecido ao novo Presidente da França.

A partir daí o filme desenvolve o romance dos dois e mostra como isso começa a prejudicar o desempenho de Shepherd nas pesquisas. E o pior: é ano de eleições. O outro candidato, Senador Bob Rumson (Dreyfuss), encontra no romance do Presidente o ponto fraco que precisava para se promover e passa a atacar a `moral` de Sydney e Shepherd na imprensa. Este, para desespero de seus assessores políticos, Lewis (Fox) e Leon (Paymer), resolve não responder aos ataques. `Minha vida pessoal não é da conta do povo americano!`, diz ele para seu chefe-do-Estado-Maior, interpretado por Martin Sheen. `Senhor Presidente, o povo tem um jeito engraçado de julgar o que é ou não de sua conta.`, é a resposta sensata do amigo.

O roteiro explora toda a comicidade que o romance entre o Presidente de uma das nações mais poderosas do mundo e uma cidadã comum poderia conter. É engenhoso e criativo. Em algumas ocasiões, muito óbvio (quando um amigo de Sydney diz, pelo telefone, que sabe imitar perfeitamente a voz do Presidente, nós já sabemos que dali a pouco o próprio Presidente irá ligar e ser confundido com o imitador, gerando uma situação comicamente constrangedora). Em outras, brinca com situações envolvendo a dificuldade de um homem em ser uma pessoa comum (como o Presidente consegue convencer uma florista de que é realmente o Presidente quem está encomendando duas dúzias de rosas pelo telefone?). Uma das minhas passagens favoritas é quando um dos assessores pergunta como irão lidar com o `assunto Sydney` e Shepherd, zangado com a invasão de sua privacidade, responde: `Assunto Sydney? Espero que seja algo envolvendo a Austrália!`.

Uma ótima diversão, sem dúvida.
``

12 de Janeiro de 1997

Pablo Villaça, 18 de setembro de 1974, é um crítico cinematográfico brasileiro. É editor do site Cinema em Cena, que criou em 1997, o mais antigo site de cinema no Brasil. Trabalha analisando filmes desde 1994 e colaborou em periódicos nacionais como MovieStar, Sci-Fi News, Sci-Fi Cinema, Replicante e SET. Também é professor de Linguagem e Crítica Cinematográficas.

 

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