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Crossdressing, androginia e drag queens nos videoclipes Cineclipado

São vários os filmes que trazem homens representando outro gênero, seja em um sentido cômico (Quanto Mais Quente Melhor, Uma Babá Quase Perfeita, Tootsie) ou dramático (Laurence Anyways, Uma Nova Amiga)... Mas e quanto aos videoclipes? Selecionamos alguns exemplos significativos de clipes que abordam a questão do gênero.

Embora tenha sido criticado pela cantora transgênero Laura Jane Grace, o Arcade Fire e o diretor David Wilson alegaram que a intenção de “We Exist” (2014) foi romper com preconceitos ao apresentar o "Homem-Aranha" Andrew Garfield no papel principal. As letras são ao mesmo tempo um grito por reconhecimento e um protesto contra a ignorância e o desrespeito da sociedade diante desta realidade.

A sensualidade e a classe da personagem trans afloram em “Pass This On” (2003), do The Knife – trilha sonora de Amores Imaginários (2012), de Xavier Dolan. Johan Renck, o diretor, também é responsável por “She's Madonna” (2007), com Robbie Williams praticando crossdressing.

O grupo Blanket Barricade inverte as preferências estigmatizadas na moda masculina e feminina em “Stray Shadows” (2012). De maneira mais interessante, tanto visual quanto musicalmente, o Gossip faz inversões semelhantes em “Listen Up” (2007), bem como a francesa Zaza Fournier em “Mademoiselle” (2009), que ao lado de seus dançarinos, reveza entre o disfarce de mecânica, um terno (com direito a bigode) e um delicado vestido de flores.

Pink” (1997), do Aerosmith, é um verdadeiro desfile de diversidade! E ao final de “Living on the Edge” (1993), podemos reconhecer um crossdresser. O clipe conta com Edward Furlong, de O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final (1991), e foi dirigido por Marty Callner, responsável pelo clássico “We're Not Gonna Take it” (1984), do Twisted Sister, banda glam que dá um banho de purpurina nos shows.

Marilyn Manson é um extraterrestre andrógino em “The Dope Show” (1998), com participação especial do ator Billy Zane (Titanic). Para o clipe dirigido por Paul Hunter, o sempre polêmico Manson simulou vulva e seios protéticos e alegou em entrevistas que as formas eram de fato seu corpo real. No Brasil, podemos citar as revoluções performáticas de Ney Matogrosso com os Secos e Molhados (que inspiraram até o Kiss!) e dos Mamonas Assassinas, que reviraram os valores da família tradicional com suas habituais ousadias.

Freddie Mercury e os demais integrantes do Queen incorporaram garotas no famoso “I Want To Break Free” (1984), de David Mallet, que também fez “Mistake No. 3” (1984), do Culture Club, com o frontman Boy George, outro símbolo da androginia na música. Não podemos nos esquecer, claro, do representante máximo do estilo, David Bowie na fase setentista em “Life On Mars?” (1973).

Há muitos outros exemplos de artistas que tocam vestidos de mulheres ou maquiados, como o Odds em “Heterosexual Man” (1993), o Indochine em “Stef II” (1999) e até o lutador Ladybeard, vocalista gutural da banda Ladybaby. E como vocês devem se lembrar, é um costume dos membros do Foo Fighters encarnarem moças nos clipes, especialmente em "Everlong" (1997) e “Learn to Fly” (1999). Também precisamos citar Kinks Shirt (2013), de Matt Nathanson, e Salt (2014), do Bad Suns. 

Por fim, temos ainda Rupaul (a drag mais famosa do universo!) ao lado de ninguém menos que Elton John em "Don't Go Breakin' My Heart" (1993) e outras drag queens surpreendendo em uma competição de dança em “Moaning Lisa Smile” (2014), do Wolf Alice.

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