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Cinco personagens infantis nada infantis Clube dos Cinco

Aproveitando que Ted está nos cinemas provocando risos (e polêmicas), nosso Clube dos Cinco seleciona cinco personagens que, semelhantes ao urso de pelúcia desbocado, criado por Seth MacFarlane, podem enganar pela aparência, mas jamais pelo comportamento. 

Willie, Papai Noel às Avessas (2003) – por Tullio Dias 

Quem diria que alguém um dia teria a cara de pau de se fantasiar de Papai Noel apenas como estratégia para cometer crimes. Em Papai Noel às Avessas, Billy Bob Thornton é um ladrão barra pesada que passa o dia inteiro sentado no shopping ouvindo os pedidos das inocentes crianças que acreditam no bom velhinho. Durante seus intervalos, ele dá um jeito de encher a cara, fumar maconha ou transar com suas assistentes. 

Era o esquema perfeito para roubar as lojas na véspera de Natal, mas ele não esperava ficar amigo de uma problemática criança e atrair os olhares desconfiados de um sagaz segurança. Mesmo com tantos desvios de caráter, o nosso Papai Noel pervertido deixa o espírito natalino entrar em cena para fazer o que é certo. Ou, pelo menos, o mais próximo disso. 

Hit-Girl, Kick-Ass – Quebrando Tudo (2010) – por Larissa Padron

Chloë Grace Moretz é uma adorável atriz de 15 anos que, em apenas oito de carreira, já deu vida a uma vampira (em Deixe-Me Entrar), uma adolescente bem “madura” para os anos 70 (em Sombras da Noite) e, atualmente, intrerpreta Carrie, a Estranha, no remake do famoso terror de Brian De Palma. Mas, provavelmente, seu papel mais politicamente incorreto seja mesmo o de Mindy Macready, que se transforma na heróina Hit-Girl, em Kick-Ass – Quebrando Tudo.

No filme, no qual interpreta a justiceira filha de Nicolas Cage, vemos a garota de 13 anos empunhar armas em 90% do seu tempo em tela e usar um linguajar que nenhum pai aprovaria para um filho naquela idade. Uma verdadeira pequena máquina de matar. O papel fez tanto sucesso, que Moretz terá mais destaque na continuação, prevista para 2013.

Teddy, A.I. – Inteligência Artificial (2001) – por Renato Silveira

O xará do Ted de Seth MacFarlane é também muito mais que um bicho de pelúcia. Um superbrinquedo que tem a missão de cuidar do garoto-robô David (Haley Joel Osment), ele desempenha o papel do Grilo Falante nesta versão distópica da fábula do Pinóquio, concebida por Stanley Kubrick (a partir do livro Super-Toys Last All Summer Long, deBrian Aldiss) e dirigida por Steven Spielberg.

Dublado por Jack Angel, Teddy não é desbocado ou ranzinza. Na verdade, é um personagem com uma visão bastante cínica, o único a enxergar que David não é a solução para o sofrimento da família e vice-versa. Ele está lá o tempo todo, acompanhando e observando a jornada de David, e é ele quem, no fim das contas, guarda a chave para que David consiga ser feliz – ainda que ilusoriamente. Detalhe: apesar de ter cenas feitas em CGI, Teddy é um boneco animatrônico com o qual os atores interagiam no set.

Baby Herman, Uma Cilada Para Roger Rabbit (1988) – por Heitor Valadão

A magia do cinema é nos fazer acreditar em algo que, na verdade, não estava lá. Acreditar em personagens que, às vezes, são o completo oposto do ator que o interpreta. E talvez o caso mais extremo seja Baby Herman, de Uma Cilada Para Roger Rabbit, um clássico dos anos 80 que consolidou Robert Zemeckis como um dos maiores diretores de sua geração.

O adorável bebezinho que causa tanta confusão para conseguir um biscoito, na "vida real" estaria muito mais interessado em um bom charuto ou mesmo numa nova babá de seios fartos. Dublado originalmente por Lou Hirsch, um ator desconhecido que até hoje batalha em filmes e séries de TV, Baby Herman é o exemplo perfeito de que nem tudo é o que parece.

Chucky, Brinquedo Assassino (1988) – por Tullio Dias

Chucky, o Brinquedo Assassino, foi apresentado ao público no final da década de 80. O primeiro filme até se esforçava para tentar ser levado mais a sério, contando inclusive com uma cena assustadora de magia negra, mas seria preciso muita força de vontade do público para comprar a ideia de que um brinquedo pudesse ser tão sanguinário e assustador quanto Chucky. Ainda mais para o público brasileiro, que assimilou rapidamente o personagem com o ícone infantil Fofão por causa da semelhança entre as roupas. 

A produção ganhou quatro sequências, cada vez mais partindo para o humor negro escrachado, como em A Noiva de Chucky. Uma nova continuação está sendo rodada e o lançamento acontecerá em 2013, mas não se trata de uma grande produção: o filme deverá chegar diretamente no mercado  de home video.  

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