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ESPECIAL: Centenário de Ingrid Bergman E aí, meu irmão, cadê você?

Em homenagem ao centenário de Ingrid Bergman, que nasceu no dia 29 de agosto de 1915, a coluna E Aí, Meu Irmão, Cadê Você relembra a carreira da atriz sueca que se tornou um dos ícones da sétima arte.

Após fazer uma ponta em Landskamp (1932) e estudar teatro por um tempo, a jovem Ingrid, órfã desde cedo, percebeu que os palcos não eram o seu lugar e voltou para o cinema em O Conde de Munkbro (1935). Participou ainda de outros filmes suecos como O Grande Pecado (1935) e Intermezzo (1936), cujo sucesso internacional possibilitou o remake norte-americano Intermezzo: Uma História de Amor (1939), primeiro longa da atriz nos Estados Unidos. Antes de sair da Suécia, ela ainda estrelou A Mulher que Vendeu a Alma (1938) e Uma Noite em Junho (1940).

Disputada pelos produtores, Ingrid integrou um triângulo amoroso com Robert Montgomery e George Sanders em Fúria no Céu (1941) e antes da inesquecível Ilsa Lund em Casablanca (1942) interpretou uma inocente garçonete no terror O Médico e o Monstro (1941), com Spencer Tracy. Sua primeira indicação ao Oscar ocorreu em Por Quem os Sinos Dobram (1943) – ao lado de Gary Cooper, com quem trabalharia mais tarde em Mulher Exótica (1945) – e ela levou a estatueta em seu filme seguinte: À Meia Luz (1944), de George Cukor.

Ingrid trabalhou com o mestre Alfred Hitchcock no psicanalítico Quando Fala o Coração (1945), em Interlúdio (1946), com Cary Grant, e em Sob o Signo de Capricórnio (1949). Foi novamente nomeada ao Oscar por Os Sinos de Santa Maria (1945) e por protagonizar Joana D'Arc (1948), de Victor Fleming.

Massivamente condenada por adultério devido ao seu envolvimento com o diretor Roberto Rossellini durante as filmagens do neorrealista Stromboli (1950), Ingrid foi forçada a deixar o primeiro marido e a filha nos Estados Unidos, decidindo ficar na Itália com o cineasta, com quem teve três filhos. Ao lado dele, fez Europa '51 (1952), Romance na Itália, O Medo e Joana D'Arc de Rossellini, os três últimos de 1954. Depois, esteve no divertido Estranhas Coisas de Paris (1956), comédia de Jean Renoir.

Pouco antes de se divorciar de Rossellini em 1957, voltou a Hollywood e rodou Anastácia, A Princesa Esquecida (1956), recebendo mais um Oscar. Ingrid não estava presente na cerimônia, mas o amigo Cary Grant aceitou o prêmio em seu nome e depois dividiu as telas de cinema com ela em Indiscreta (1958).

A atriz ainda teve tempo de ser uma governanta em um episódio da minissérie Startime (1959) e, nos anos 60, ganhou sua estrela na Calçada da Fama. A partir daí, diversificou os papéis em Mais uma Vez, Adeus (1961), com Anthony Perkins, A Visita (1964) e nas comédias O Rolls-Royce Amarelo (1964), com Omar Sharif, e Flor de Cacto (1969), com Walter Matthau e Goldie Hawn.

Caminhando Sob a Chuva de Primavera iniciou a década de 70, em que Ingrid seria mais uma vez premiada pela Academia por sua atuação em Assassinato no Expresso Oriente (1974), suspense de Sidney Lumet. Em Questão de Tempo (1976), filme derradeiro de Vincente Minnelli, dividiu uma cena com sua filha Isabella Rossellini (Veludo Azul). Assim como em seu primeiro longa norte-americano (Intermezzo), Ingrid interpretou uma pianista em Sonata de Outono (1978), drama de Ingmar Bergman com Liv Ullmann.

Em Golda (1982), filme para televisão em que Ingrid encarna a líder política israelita Golda Meir, a cena em que ela fala "Eu saberei o que dizer quando chegar o momento" foi a última rodada em sua carreira. A atriz faleceu no dia 29 de agosto de 1982, exatamente no seu aniversário de 67 anos, depois de lutar quase uma década contra um câncer nos seios. Seus últimos prêmios foram um Globo de Ouro e um Emmy póstumos pelo papel de Golda.

O Festival de Cannes deste ano a homenageou pelo centenário, descrevendo-a como um “ícone moderno, uma mulher independente, uma intrépida atriz e uma figura importante no Neorrealismo”. A atriz estampou o cartaz oficial da competição e foi lembrada no documentário Eu sou Ingrid Bergman, de Stig Björkman, que recebeu uma Menção Especial do Prêmio Golden Eye.


Clique aqui para conferir um álbum que preparamos com fotos dos principais filmes da atriz e veja abaixo um belo tributo feito pela Criterion Collection:

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