É impossível pensar em um filme sobre jornalistas sem pensar em Cidadão Kane ou Todos os Homens do Presidente; em uma adaptação dos quadrinhos sem lembrar de Superman - O Filme; em um suspense sobre serial killer sem citar O Silêncio dos Inocentes.
E simplesmente não dá para discutir obras que envolvem submarinos sem mencionar Das boot (O Barco), que o cineasta alemão Wolfgang Petersen dirigiu em 1981. Sim, o subgênero já havia gerado alguns bons títulos como A Raposa do Mar (1957) e O Mar é Nosso Túmulo (1958) e voltaria a gerar outros ainda melhores como Maré Vermelha (1995), mas nenhum deles alcança a urgência e a atmosfera sufocante de angústia e claustrofobia provocada por O Barco.
Indicado a seis Oscars em 1983 (dois anos depois de seu lançamento na Alemanha Ocidental), o trabalho de Petersen foi lembrado em categorias até então comumente reservadas apenas para produções ou coproduções norte-americanas ou britânicas - um feito, aliás, que poucos filmes conseguiriam repetir (o nosso Cidade de Deus foi um deles) -, levando seu diretor a desenvolver sua carreira também em Hollywood (A História Sem Fim, Inimigo Meu, Na Linha de Fogo, Mar em Fúria, Tróia, Poseidon).
A versão disponível no Netflix é a de 1997, que traz quase 70 minutos a mais do que a original e que consegue ser ainda melhor do que esta.
Clique na imagem abaixo para assistir.
Um grande abraço e bons filmes!
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