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Cinco filmes autorais mais esperados para 2014 Clube dos Cinco

Dando sequência ao especial com as expectativas da nossa redação para 2014, neste Clube dos Cinco você confere os filmes autorais mais esperados por nós. Tomamos como "autorais" aqui filmes de caráter mais independente, em que o diretor exerce mais controle, em que sua assinatura se faz mais presente.

Nós fazemos questão de destacar isso, porque em nossa lista de blockbusters também constam filmes de cineastas autorais, como Interstellar, de Christopher Nolan, Noé, de Darren Aronofsky, O Destino de Júpiter, dos irmãos Wachowski, entre outros. A divisão das colunas foi feita considerando que os filmes abaixo, mesmo sendo vários deles dirigidos por grandes cineastas, não terão lançamentos amplos como as superproduções.

THE GRAND BUDAPEST HOTEL
The Grand Budapest Hotel, 2014
Estados Unidos, Alemanha
dir.: Wes Anderson

Em uma lista de filmes autorais é simplesmente impossível deixar o diretor Wes Anderson (Os Excêntricos Tenenbaums) de fora. Anderson criou um estilo tão próprio de fazer cinema que surgiu um neologismo para designar sua estética: “Andersiano”. Paleta de cores bem marcadas, planos plongée, personagens exóticos e tom fabulesco são apenas algumas das características que sempre podemos esperar de um filme do cineasta.

Depois do inocente Moonrise Kingdom, Anderson deu o intervalo de dois anos para criar seu novo projeto. The Grand Hotel Budapest reúne o elenco que é familiar dos trabalhos de Anderson, como Bill Murray, Owen Wilson, Jason Schwartzman, e é centrado na história de um hotel na Europa da década de 30 e em seu porteiro, Gustavo H. (Ralph Fiennes). Com a habilidade de Anderson em criar ambientes dignos de moldura, unidos a um contexto mágico, fica impossível não se animar. (Luísa Gomes)


MAPS TO THE STARS
2014
Estados Unidos, Canadá
dir.: David Cronenberg

O renomado David Cronenberg (VideodromeA Mosca, Marcas da Violência) promete trazer em Maps to the Stars mais uma sátira urbana, a exemplo de seu filme anterior, Cosmópolis. Ele agora aborda o lado nocivo da indústria do entretenimento, acompanhando personagens como um ator mirim viciado em drogas que está saindo de um programa de reabilitação, uma atriz que deseja fazer o remake do filme que tornou sua mãe famosa nos anos 60 e um psicoterapeuta que enriqueceu escrevendo livros de auto-ajuda.

Maps to the Stars foi escrito por Bruce Wagner, ator e cineasta pouco conhecido do grande público, mas que tem conhecimento de causa dos assuntos que o filme trata, já que cresceu em Los Angeles e levou sua visão sarcástica de Hollywood para seus trabalhos no cinema e na literatura.

Novamente Cronenberg escalou grandes nomes para o elenco: Julianne Moore, John Cusack, Mia Wasikowska, Robert Pattinson, Carrie Fisher e Olivia William, entre outros. Ainda sem data de estreia definida, o longa é aposta para o Festival de Cannes, em maio. E uma curiosidade: este é o primeiro filme que Cronenberg, que é canadense, rodou nos Estados Unidos. (Renato Silveira)

12 YEARS A SLAVE
2014
Estados Unidos, Reino Unido
dir.: Steve McQueen

Com 23 curtas e dois longas-metragens na carreira, Steve McQueen pode ser considerado um dos principais diretores da atualidade. Seu trabalho com o ator Michael Fassbender em Hunger (2008) e Shame (2011) foi premiado em festivais de diferentes países e recebeu elogios da crítica e do público. Assim, não é surpresa que a nova parceria dos dois seja bastante aguardada pelos apreciadores da sétima arte.

Em 12 Years a Slave, Fassbender assume um papel coadjuvante e o britânico Chiwetel Ejiofor aparece como protagonista. Estrelado também por Lupita Nyong'o, Paul Dano, Benedict Cumberbatch e Brad Pitt, o filme conta com John Ridley no roteiro e foi baseado no livro de memórias de Solomon Northup publicado em 1853. Na história real, Northup é um homem negro livre que foi sequestrado e forçado a viver como escravo.

Assim como os outros longas de McQueen, 12 Years a Slave vem recebendo destaque em festivais. A produção foi nomeada ao Globo de Ouro em sete categorias, venceu o prêmio máximo em Toronto e é uma forte candidata ao Oscar de 2014. (Antônio Tinôco)

O LOBO DE WALL STREET
2013
Estados Unidos
dir.: Martin Scorsese

Leonardo DiCaprio e Brad Pitt nunca fizeram um filme antes. E é bem provável que após a guerra travada pelas produtoras Appian Way, de DiCaprio, e a Plan B, de Pitt, pelos direitos de O Lobo de Wall Street isso também não venha a acontecer tão cedo. No fim, o primeiro saiu vencedor e, claro, chamou seu “parceiro no crime” Martin Scorsese para dirigir a cinebiografia de Jordan Belfort, um jovem corretor de ações que leva uma vida desregrada até começar a ter sérios problemas com a lei.

O projeto sofreu a rejeição dos grandes estúdios por alguns anos, enquanto ator/produtor e diretor não conseguiam o financiamento que almejavam. A luz no fim do túnel veio com a Red Granite Pictures, uma produtora recente em Hollywood que acreditou na visão dos dois, levantando o orçamento necessário.

Restava agora o problema da agenda do protagonista. DiCaprio terminara as filmagens de O Grande Gatsby quando passou a se dedicar a Django Livre. Ao terminar o filme de Tarantino, surgiu a breve janela para filmar O Lobo de Wall Street. Como esse era um projeto que não saía de sua cabeça, ele se julgou, mesmo sem grandes ensaios ou preparação, mais do que preparado para encarnar Belfort. Sob a batuta de Scorsese, a dúvida de que o resultado será positivo é nula. (Heitor Valadão)

VÍCIO INERENTE
Inherent Vice, 2014
Estados Unidos
dir.: Paul Thomas Anderson

Paul Thomas Anderson sempre atrai os olhares dos cinéfilos. Isso graças a trabalhos como Boogie Nights – Prazer Sem Limites, Magnólia, Sangue Negro e O Mestre. Para 2014, o diretor trabalha em Inherent Vice, adaptação do livro Vício Inerente, do escritor norte-americano Thomas Pynchon, que pela primeira vez terá uma obra transformada em filme. E ele mesmo aprovou o roteiro escrito por Anderson.

Inherent Vice também marca o primeiro filme de detetive na carreira do cineasta, mas não é muito seguro afirmar que esse será um simples filme de gênero – basta nos lebrarmos do que ele fez com uma comédia romântica em Embriagado de Amor. Tomando como base os temas que o livro trata, podemos esperar por um estudo de uma época, a transição entre os anos 60 e 70, tendo Los Angeles como cenário.

O livro também é descrito como “parte noir, parte psicodélico”. Isso porque o protagonista é o detetive Larry “Doc” Sportello, um viciado em drogas que investiga o desaparecimento de sua ex-namorada e do atual companheiro dela.

Joaquin Phoenix (foto), que estrelou O Mestre para o Anderson, está no papel principal, acompanhado por Josh Brolin, Benicio Del Toro, Jena Malone, Reese Witherspoon e Eric Roberts. Também chama a atenção, no elenco, a presença de atores mais conhecidos por comédias, como Owen Wilson, Maya Rudolph e Martin Short. Definitivamente, é para esperar pelo inesperado. (Renato Silveira)

Mais expectativas 

Na votação realizada por nossa equipe, outras produções foram citadas. A seguir, você confere uma lista com todas elas. Não deixe de clicar nos títulos para ficar por dentro de tudo sobre cada filme até o lançamento.


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