Em O Lado Bom da Vida, o personagem de Bradley Cooper tenta se recuperar do fim de seu casamento e reconstruir sua vida mantendo o pensamento positivo. Inspirados nele, selecionamos cinco filmes em que, apesar das adversidades vivenciadas por seus personagens, o otimismo e a esperança de dias melhores provam ser o melhor remédio.
A Felicidade Não Se Compra (It’s a Wonderful Life, 1946, EUA, dir.: Frank Capra) – por Heitor Valadão
Frank Capra dizia ter um “toque mágico” que dava a seus filmes uma qualidade incomparável. Isso aborrecia muitos de seus colegas e colaboradores, mas o fato é que A Felicidade Não Se Compra é uma das grandes obras do cinema americano. James Stewart interpreta um deprimido empresário que, ao perder o gosto pela vida, recebe a visita de um anjo que decide mostrá-lo como a vida das pessoas que ele ama seria se ele não existisse. O filme teve diversas indicações ao Oscar, incluindo Melhor Ator, Diretor e Filme.
Curtindo a Vida Adoidado (Ferris Bueller’s Day Off, 1986, EUA, dir.: John Hughes) – por Tullio Dias
Curtindo a Vida Adoidado é um belo exemplo de alguém que sempre busca o lado bom da vida. O divertido Ferris Bueller (Matthew Broderick) convidou a namorada e o amigo rabugento para passarem uma tarde inteira longe da escola e desfrutarem dos prazeres de estar vivo. Não existe tempo ruim para o jovem, que consegue ir de um museu para uma partida de baseball, até um descanso merecido na beira de uma piscina. Isso sem falar no seu momento artista, fazendo toda a cidade de Chicago dançar e cantar ao som de “Twist and Shout”. Como diz o próprio Ferris: “A vida passa rápido. Se você não parar e olhar ao seu redor, pode acabar perdendo ela.”
Forrest Gump, o Contador de Histórias (Forrest Gump, 1994, EUA, dir.: Robert Zemeckis) – por Renato Silveira
Forrest Gump (Tom Hanks) é daqueles sujeitos que vivem com problemas. Mas para cada situação ruim que ele vive, outra muito positiva vem em consequência. Na infância, o aparelho que ele usava nas pernas lhe rendeu um encontro com Elvis Presley, sem falar na descoberta de uma nova paixão: a corrida. Forrest vai para a Guerra do Vietnã, torna-se um herói, cumprimenta o presidente Kennedy e ganha dois grandes amigos: Bubba (Mykelti Williamson) e o Tenente Dan (Gary Sinise). E há Jenny (Robin Wright), que parece ser um problema sem solução, mas que acaba por compensar o amor sofrido de Forrest dando a ele uma nova vida. E para que não reste dúvida de que Forrest, apesar de tudo, tem sempre um sorriso guardado, fique com a cena a seguir.
À Procura da Felicidade (The Pursuit of Happyness, 2006, EUA, dir.: Gabriele Muccino) – por Renato Silveira
À Procura da Felicidade é um filme que Frank Capra poderia ter dirigido. O personagem de Will Smith é o típico little guy do diretor de A Felicidade Não Se Compra. Ele decide investir todas as suas economias em um negócio que não dá certo, acaba perdendo o emprego, a casa, a esposa, mas não a confiança de que conseguirá dar a volta por cima. Tendo que cuidar sozinho do filho pequeno (Jaden Smith), ele tenta conseguir emprego em uma firma enquanto passa a noite dormindo com o garoto em um abrigo e até mesmo no banheiro de uma estação de metrô. É um exemplo verdadeiro de superação: o filme é baseado na vida de Chris Gardner, autor do livro no qual o longa é baseado.
Simplesmente Feliz (Happy-Go-Lucky, 2008, Reino Unido, dir.: Mike Leigh) – por Heitor Valadão
Os filmes do diretor britânico Mike Leigh não são reconhecidos pelo seu bom humor. Na verdade, seus trabalhos mais famosos como O Segredo de Vera Drake e Segredos e Mentiras são dramas bem amargos. Mas Leigh conta com surpreendente leveza a história de Poppy, uma mulher irritantemente otimista em Simplesmente Feliz. A mudança fez bem ao diretor, que acabou indicado ao Oscar de Melhor Roteiro Original em 2009. O filme ainda deu diversos prêmios para a atriz Sally Hawkins, como o Leão de Prata em Berlim e o Globo de Ouro de Melhor Atriz em Comédia ou Musical.
MENÇÃO HONROSA
A Vida de Brian (Life of Brian, 1979, Reino Unido: dir.: Terry Jones) – por Renato Silveira
Brian Cohen (vivido por Graham Chapman) é um jovem judeu que nasceu no mesmo dia que Jesus Cristo e acaba por ser confundido com o messias. Bom, não é preciso dizer muito mais sobre o motivo deste clássico do Monty Python estar em nossa seleção. A cena abaixo se encarrega disso:
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