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Bichos (monstros e um alienígena) que nos fizeram chorar no cinema Clube dos Cinco

Virtude Selvagem

Ser pai não é fácil. Como fazer uma criança entender que os sentimentos de seu pai em relação à ela serão sempre doces e carinhosos? Que não importa o problema, papai sempre escolherá o melhor caminho para o filho, mesmo que ele não entenda dessa forma? Como ensinar a responsabilidade e colocar o bem comum acima do individual? É uma lição difícil. Mais fácil fazer seu filho assistir a Virtude Selvagem.

Muitos políticos e colunistas reclamam que os brasileiros têm memória curta. Talvez por isso este clássico de 1946 seja esquecido pelo grande público, mas ele ainda arranca lágrimas dos americanos. O crítico de cinema Carlos Quintão, colaborador do Cinema em Cena com o blog Gabinete do Kas, diz que "Virtude Selvagem é um dos mais belos exemplos de uso do Technicolor".

Alguns filmes são feitos para ensinar às crianças o valor da responsabilidade. O preço de cuidar do que é seu e daqueles que você ama, custe o que custar. Virtude Selvagem e seus ensinamentos sobre família talvez seja o mais forte exemplo disso. O que ocorre no final (maldito seja, Gregory Peck!) talvez seja uma das mais traumáticas cenas da história dos filmes "infantis". Cabe a você descobrir.

Fluke - Lembranças de Outra Vida

Estrelada por Matthew Modine (Nascido Para Matar) e Eric Stoltz (Pulp Fiction), esta é uma daquelas histórias que se tornam quase inesquecíveis para quem era criança quando assistiu ao filme pela primeira vez. Fluke mostra um cãozinho que passa a ter pequenos flashs de uma vida passada, quando ele era um homem adulto (Modine) e tinha uma família.

Baseado no romance de James Herbert, Fluke é um daqueles filmes que tentam mostrar para o público que a vida é curta demais para ser desperdiçada em comportamentos destrutivos e compulsivos (o personagem de Modine é um workaholic que nunca tinha tempo para lidar com a família) e que, depois de um certo tempo, é tarde demais para tentar recuperar o que foi perdido.

Meu Melhor Amigo

Nós poderíamos ter incluído Marley & Eu nesta edição da coluna, mas seria uma escolha fácil (ainda que merecida). Então, para citarmos mais um "filme de cachorro", voltamos um pouquinho no tempo para relembrar este filme que passou praticamente despercebido do grande público, em 2005.

Dirigido por Wayne Wang (Cortina de FumaçaAs Férias da Minha Vida), Meu Melhor Amigo, na verdade, é mais sobre as pessoas que estão no filme do que sobre o cachorro. Apesar do adorável cão ser o centro das atenções e acompanhar a garota AnnaSophia Robb (Ponte Para Terabítia) por todo lado, o longa-metragem acaba por emocionar não devido a um eventual fim trágico que esse tipo de filme pode apresentar, mas pelo que ele constrói ao longo da história pessoal de cada personagem secundário.

As lágrimas que você pode verter ao assistir a Meu Melhor Amigo provavelmente serão de uma natureza diferente da tristeza. É exatamente quando a identificação com o filme é tudo que você precisa para ser tocado pelo que vê.

Monstros S.A.

Monstros S.A. surgiu como o quarto filme dos estúdios Pixar, após os dois primeiros Toy Story e Vida de Inseto, provando que a emocionante história de amizade estabelecida entre Woody e Andy também poderia ocorrer entre dois bichos de estimação.

Nós sabemos o que você está pensando: Monstros S.A. não é uma história sobre bichos de estimação. Só que você está errado: é, sim! Como é possível dizer que Sully não é o bicho de estimação da garotinha Boo? Ele parece um grande urso de pelúcia, ela o chama de "Kitty" (ou "gatinho", na versão dublada), ele a faz rir e, mesmo no começo do filme, quando ela o assusta, Sully não deixa de tratá-la com carinho, de protegê-la e ajudá-la a enfrentar seus verdadeiros monstros (dessa vez, literalmente).

E como não dizer que Boo não é um tipo de "bichinho de estimação" de Sully também? Ela solta grunhidos ao invés de falar, ela é assustadora e irritante ao mesmo tempo em que é frágil e adorável, além de se tornar marcante e indispensável na vida de Sully.

Quanto à parte do “fazer chorar”, nem precisamos dizer, não é? Fique então com um dos melhores momentos da baixinha. E se você não chorou com a cena da despedida... Bom, então você não tem coração!

O filme ganhará uma continuação em 2013: Universidade Monstro será uma prequel e narrará a relação de amizade entre Mike e Sully na Universidade do Medo. Ainda não se sabe se o filme terá a participação da Boo.

E.T. - O Extraterrestre

Basicamente, o mesmo argumento utilizado para Monstros S.A. entrar nesta lista serve para justificar a escolha de E.T. Ainda que não seja um "filme de bicho" e que a relação entre Elliott e E.T. fale muito mais sobre a força de outro planeta que é uma amizade na infância, é inegável que os dois personagens desenvolvem uma relação simbiótica muito próxima do que acontece com um dono e seu cachorro (ou gato ou iguana ou qualquer outro animal de estimação).

Só quem já teve um sabe como é perceber quando o seu bicho fica triste quando você está triste e até parece adoecer junto quando vê que você não está bem. E quantas pessoas já não acharam um bichano perdido na rua e o levaram para casa, mas tiveram que escondê-lo dos pais porque sabiam que eles não deixariam ele ficar?

Em E.T., Steven Spielberg soube incorporar tudo isso. E ainda com a maravilhosa trilha sonora de John Williams, como não se arrepiar e chorar com essa história que de alienígena não tem nada? Um clássico (que, por sinal, completa 30 anos agora, em 2012).

Menção Honrosa: Débi e Lóide - Dois Idiotas em Apuros

Você pode estar estranhando a presença de Debi e Lóide numa edição mais sentimental do Clube dos Cinco. Mas não se preocupe. Não é um engano, muito menos um erro. A comédia estrelada por Jeff Daniels e Jim Carrey é daquelas que arrancam lágrimas e mais lágrimas por nos fazer chorar... de tanto rir! Ou vai dizer que você é daquelas pessoas politicamente corretas e que não achou a menor graça num dos filmes de maior sucesso dos irmãos Farrelly (Quem Vai Ficar Com Mary?, Passe Livre)?

Para refrescar a memória, que tal falar sobre o periquito Petey? Não seria justo descrever exatamente o que acontece na cena sem que você a assista, mas uma das (várias) sequências que nos fazem chorar de rir em Débi e Lóide envolve a ave de estimação do personagem de Daniels. Uma parte de nós, aquela que é sensível e que quer sempre fazer o melhor para as pessoas, recriminaria completamente a grosseria da piada. Mas a reclamação seria completamente abafada pela gargalhada estridente e cada mais vez mais alta do nosso capetinha interior.

E você? Quais bichos fizeram você chorar no cinema? Use os comentários abaixo para deixar sua mensagem.

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