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Foo Fighters e o cinema Cineclipado

O Festival Lollapalooza Brasil acontece durante este final de semana, nos dias 7 e 8 de abril, e o Cineclipado aproveita a oportunidade para fazer um pequeno especial sobre a relação do Foo Fighters com a sétima arte. A banda liderada por Dave Grohl é a atração principal do evento e se apresentará na noite deste sábado. Os ingressos estão esgotados.

O flerte da banda com o cinema já é antigo, da época em que Michel Gondry (Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças) comandou o vídeo de “Everlong”, música responsável por mostrar que o Foo Fighters era bem mais que apenas a banda formada pelo ex-baterista do Nirvana. O clipe possui referências ao baixista Sid Vicious, do Sex Pistols, e também aos filmes de terror antigos, em que sempre existe uma donzela em perigo. Gondry usa toda a sua criatividade para invadir o mundo dos sonhos e criar um clipe memorável.


Everlong

Embora Grohl tenha deixado a entender que não suportava o cinismo de certos atores de Hollywood, ele fez amizade com o comediante Jack Black, que gravou participações especiais nos vídeos de “Learn to Fly” (que faz uma referência ao clássico Apertem Os Cintos... O Piloto Sumiu!) e “Low”, que são vídeos hilários e que mostram uma faceta diferente da banda. Em “Long Road to Ruin”, por exemplo, existem referências aos dramalhões mexicanos – com direito a bigodes de fazer inveja ao filósofo Nietzsche; “Resolve”, que mostra o restaurante mais estranho do mundo; e mais recentemente o vídeo “Walk”, que faz uma paródia do filme Um Dia de Fúria, de Joel Schumacher. A mesma faixa foi usada como trilha sonora de Thor, tocando nos créditos finais e também durante na cena em que Thor (Chris Hemsworth) e Erik Selvig (Stellan Skarsgard) conversam num bar. Curioso é que Grohl já atuou em algumas produções, como Tenacious D – Uma Dupla Infernal, onde interpreta o diabo; e substituiu o baterista oficial da banda de Os Muppets por alguns momentos. Outra participação de Grohl no cinema foi na trilha sonora de BackBeats – Os 5 Rapazes de Liverpool, onde gravou as linhas de bateria.


My Hero

A banda já lançou alguns clipes especialmente para a trilha sonora de alguns filmes, como por exemplo, “The One”, em Orange County, de Jake Kasdan. O clipe mostra Dave Grohl bancando o professor de atuação e imitando as cenas de Jack Black na comédia. O clipe mais conhecido é o de “Breakout”, tema de Eu, Eu Mesmo e Irene, de Peter e Bobby Farrelly. Grohl interpreta um sujeito idêntico ao personagem de Jim Carrey e passa por situações embaraçosas durante um encontro romântico desastroso. Uma curiosidade sobre o vídeo é que todo mundo que trabalhou na produção teve a chance de se jogar do palco em cima dos figurantes e praticar o chamado stage dive. Outro filme que ganhou um belo (e sério) vídeo foi a primeira adaptação da série Arquivo X. O clipe, que seria dirigido por David Duchovny, faz uma curiosa referência à relação dos agentes Fox Mulder (Duchovny) e Dana Scully (Gillian Anderson) e coloca Grohl contracenando com uma atriz, mas ambos estão separados por uma parede de vidro (ou a mesma “parede invisível” que sempre atrapalhou o romance de Mulder e Scully na série) e eles não podem se tocar.


Walking After You

Fora os videoclipes lançados especialmente para filmes ou os vídeos comandados por cineastas (além de Gondry, Jesse Peretz, diretor de Nosso Irmão Sem Noção, dirigiu “Big Me”, “The One”, “Low”, “Long Road to Ruin” e “Learn to Fly”), o Foo Fighters não deixou de ser aproveitado durante cenas vários longas. Seria impossível selecionar todas as produções que utilizaram músicas da banda, mas vale a pena relembrar algumas:

- Os Outros Caras, de Adam McKay: Samuel L. Jackson e Dwayne Johnson estão perseguindo um bando de criminosos e então chegam ao topo de um grande edifício ao som de “My Hero”. A música fortalece a ideia de que aqueles dois policiais são invencíveis e que são capazes das coisas mais improváveis para capturar os meliantes, o que torna o desfecho da cena hilário. Veja aqui.

- Um Lugar Qualquer, de Sofia Coppola: Stephen Dorff está entediado no quarto e então contrata os serviços de duas profissionais do sexo para a performance de pole dance mais depressiva de todos os tempos. Nem mesmo “My Hero” (de novo) consegue “animar” o cara.

- Identidade, de James Mangold: Amanda Peet está puta da vida e dirige em alta velocidade ao som de “All My Life”, enquanto se lembra que possui um isqueiro roubado guardado em algum lugar de sua bolsa.

- Acho que Amo Minha Mulher, de Chris Rock: a faixa “Tired of You” resume e resolve todos os problemas de relacionamento do casal Chris Rock e Kerry Washington. O filme pode até não agradar a maioria, mas trata-se de uma bela história de amor escrita e dirigida por uma faceta surpreendente do comediante.

- Gigantes de Aço, de Shawn Levy: a trilha sonora de Danny Elfman é um dos principais pontos positivos da aventura estrelada por Hugh Jackman. Como se trata de um filme vibrante, a trilha sonora não poderia ficar atrás e faz bonito. A faixa “Miss The Misery” pode ser ouvida numa cena que antecede uma das lutas da produção.


Times Like These

Em 2011, aproveitando o lançamento do álbum Wasting Light, a banda lançou um documentário comemorativo para contar toda a sua história. Foo Fighters: Back and Forth foi dirigido por James Moll e apresenta as origens de uma das principais bandas de rock da atualidade. O documentário retrata principalmente as etapas de gravação do último disco, todo feito na garagem de Grohl e com produção de Butch Vig (responsável pelo estrondoso sucesso de Nevermind, do Nirvana, e também baterista da banda Garbage). Além de inúmeras referências ao universo musical da época, o filme faz questão de mostrar que “o homem mais legal do rock n’roll” não é santo e não hesitou ao ter que demitir um ex-baterista e regravar toda a linha de bateria de The Colour and The Shape, segundo álbum da banda.


White Limo 

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