A animação é surpreendentemente cuidadosa para um projeto originalmente concebido para lançamento em vídeo – como indica, por exemplo, o momento no qual as pupilas da protagonista se dilatam no escuro. Mas, mais do que isso, este é um raro longa infantil que gira em torno não só de personagens femininas, mas em um universo no qual as mulheres exercem papel dominante, frequentemente salvando os homens em vez de se comportarem como mocinhas em perigo. Para completar, a relação entre Fawn (não, a protagonista não é Tinker Bell, o que torna o título incorreto) e o Monstro é delicada e sensível, merecendo destaque também o design de produção colorido e vivaz. É uma pena que, em função do modelo de produção, a história seja pouco ambiciosa, não encontrando tempo para expandir os personagens, o universo e suas relações. 3/5