Agnès Varda transforma sua curiosidade em empatia, lançando um olhar humano sobre catadores e demonstrando ter seguido a lógica de nada desperdiçar ao empregar até mesmo imagens registradas por acidente. 5/5
Longa de estreia de Krzysztof Zanussi e contando com uma belíssima fotografia, o filme oferece uma reflexão gentil sobre a ambição profissional e sua contraposição à busca por uma paz interior que dela independa. 4/5
Will Ferrell e Amy Poehler têm uma dinâmica eficiente, mas é Jason Mantzoukas quem rouba o filme enquanto o diretor estreante Andrew Jay Cohen faz o possível para emular Adam McKay. 3/5
O filme de estreia do vídeo-ensaísta Kogonada extrai sentimentos complexos através da justaposição de seus melancólicos personagens e os exemplos da arquitetura que apreciam, comprovando que o cineasta trouxe de seus ensaios o talento para criar ideias ambiciosas a partir da simplicidade. 4/5
Tocante, corajoso e extremamente importante, este documentário sobre a ME expõe a realidade dolorosa de uma doença cujos efeitos devastadores incluem não só uma vida aprisionada, mas o preconceito. 5/5
Filme de estreia do diretor Alexander Mackendrick, esta comédia da Ealing combina o charme das locações à excentricidade daqueles que as ocupam, transformando uma premissa aparentemente simples em uma comédia adorável. 4/5
O excesso de personagens e subtramas tem o claro objetivo de desviar a atenção do fato de que nenhum deles é interessante. Josephine Baker merecia mais. 2/5
Além de ser o filme de estreia de Josephine Baker, ainda traz Buñuel como assistente de direção – mas nada disso salva o longa, que consegue a proeza de obrigar a dançarina/atriz, que era negra, a protagonizar não só uma sequência de blackface, mas também de whiteface. 1/5
Embora traga planos e sequências admiráveis (como a de dança no 3o ato), o filme encarcera a vivacidade de Josephine Baker na maior parte do tempo em uma trama obviamente inspirada no mito de Pigmalião. E o racismo casual não ajuda. Ainda assim, é curioso perceber como, apesar deste, o Cinema francês era, em 1935, infinitamente mais ativo em seus esforços de inclusão do que o norte-americano. 3/5
Dwayne Johnson e Kevin Hart formam uma dupla cômica eficiente que, auxiliada por Jack Black e Karen Gillan, traz leveza a um filme que explora os conceitos do original mesmo sem expandi-los o suficiente. 3/5