Elenco perfeito, uso impecável de locações e um roteiro excepcional. Como se não bastasse, o estreante Martin McDonagh surge como um diretor já maduro e seguro, construindo uma narrativa que comove num instante, provoca risos no seguinte e gera tensão durante ambos. Enquanto isso, Brendan Gleeson subverte sua imagem de durão em uma performance perfeitamente modulada para mostrar que é perigoso, mas sensível, ao passo que Ralph Fiennes cria uma caricatura que, de algum modo, consegue ser humana, realista e hilária. Quanto a Colin Farrell, E Colin Farrell, um ator que raramente recebe o crédito que merece, é preciso observar que encarna seu personagem como um garotão irresponsável, cheio de maneirismos e caretas apenas para, de repente, exibir uma vulnerabilidade de partir o coração. Coisa de gênio. Como o próprio filme. 5/5