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68o. Festival de Cannes: Dia 06 Assinantes

Acho curioso como várias pessoas têm perguntado em que língua os filmes são exibidos no Festival de Cannes e se há legendas em inglês. A resposta é: quando o filme é em francês, as legendas são em inglês; quando é em inglês, as legendas são em francês; quando não é em nenhuma das línguas, há as duas legendas (em francês na tela e em inglês sob esta).

Aliás, a tecnologia da legendagem eletrônica em Cannes é infinitamente melhor do que a usada no Festival do Rio ou na Mostra de São Paulo – e quem frequenta estes eventos sabe que é comum que a pessoa responsável pelas legendas se perca em algum momento, deixando vários segundos (ou mesmo minutos) tradução. Aqui, há uma sincronia automática entre as legendas, que aparecem sempre juntas nas duas línguas.

Mas vamos aos filmes deste sexto dia:

La loi du marché (Idem, 2015) – 4 estrelas em 5

Dirigido por Stéphane Brizé. Roteiro de Brizé e Olivier Gorce. Com: Vincent Lindon.

Poucas coisas me fascinam mais no Cinema do que sua habilidade em nos colocar na perspectiva de outras pessoas – em outras palavras, sua capacidade de provocar empatia. Às vezes, isto é feito de maneira narrativamente violenta, como no húngaro Saul fia; às vezes, de forma mais sutil apenas ao retratar a humanidade prosaica de seus personagens.

Este é o caso do ótimo La loi du marché, que, roteirizado por Olivier Gorce e Stéphane Brizé, acompanha por alguns meses a vida de Thierry (Lindon), um homem comum que enfrenta o igualmente rotineiro – mas não menos dramático – problema do desemprego. Já mais próximo da aposentadoria do que da universidade, ele encontra dificuldades para encontrar um novo trabalho, o que compromete a (pouca) estabilidade que construíra ao lado da esposa. Preocupado também em oferecer condições de estudo ao filho, portador de deficiência mental, o sujeito salta de uma entrevista frustrada à outra até conseguir emprego como segurança de supermercado – o que lhe trará outras questões éticas para enfrentar.

Com uma abordagem narrativa que remete diretamente à filmografia dos irmãos Dardenne, este longa dirigido por Brizé assume uma estética mais próxima do documentário do que da ficção, investindo em longos planos que se preocupam em acompanhar não só as conversas mantidas, mas as mínimas reações dos personagens e o contexto no qual estas ocorrem. Assim, depois de vermos um vídeo com uma entrevista de emprego de Thierry, acompanhamos a sessão na qual seu desempenho é avaliado por um especialista e por outras pessoas em situação similar – e a chave da cena reside não no que é dito, mas no desconforto do pobre homem diante das observações feitas (e o rápido olhar de embaraço de Lindon ao redor da sala, assim que o vídeo chega ao fim, é um detalhe soberbo em sua composição).

Além disso, o diretor de fotografia Éric Dumont constantemente posiciona a câmera como se espionasse os personagens, encontrando-os no meio de vários figurantes e mantendo o quadro em movimento se o operador estivesse buscando capturar um gesto ou palavra inesperados. Soma-se a isto o fato de o design de som empregar apenas ruídos e músicas diegéticas, o que busca descartar qualquer sinal de interferência externa à história (o que obviamente é uma ilusão, mas muito bem construída).

Ainda assim, não há como negar que La loi du marché é um filme que depende pesadamente da força de seu ator central – e Vincent Lindon não desaponta. Concebendo sua performance mais através das reações de Thierry do que propriamente de suas ações, o ator traz a expressão constantemente tensa, com a boca encuravada para baixo e o olhar intenso que sugerem um turbilhão de sentimentos reprimidos. Por outro lado, justamente por se mostrar geralmente tão rígido é que percebemos seu amor pela família graças ao contraste de seu comportamento bem mais realxado, carinhoso e sorridente quando ao lado da esposa e do filho.

Eficiente também graças à estrutura de seu roteiro, que investe pacientemente na tarefa de retratar sua luta para conseguir um emprego, sua situação financeira preocupante e, mais tarde, sua rotina de trabalho, o filme funciona precisamente por nos familiarizar com o sujeito, sua personalidade e dilemas – e é isto que torna seu desfecho tão problemático, já que, com o intuito de encontrar alguma forma de encerrar uma narrativa que se recusa a seguir um padrão clássico, o longa leva Thierry a tomar uma atitude que, em vez de soar forte, parece apenas incongruente com o que sabemos ao seu respeito.

E, assim, a maior virtude do filme – sua habilidade ao construir o protagonista – resulta também em seu maior problema.

 

Divertida Mente (Inside Out, 2015) – 5 estrelas em 5

Dirigido por Pete Docter. Roteiro de Docter, Meg LeFauve e Josh Cooley. Com as vozes de Amy Poehler, Lewis Black, Mindy Kaling, Bill Hader, Phyllis Smith, Richard Kind, Kyle MacLachlan, Kaitlyn Dias e Diane Lane.

Há muito tempo a Pixar não presenteava o público com um filme tão imaginativo como Divertida Mente. E não, não estou falando apenas de esforços medíocres como Carros 2 e Universidade Monstros, já que mesmo o bom Valente, o ótimo Up e o excepcional Toy Story 3 não traziam universos realmente novos para as telas, já que a última vez que o estúdio de John Lasseter fez isso foi há longos 7 anos, com Wall-E. Aqui, porém, o diretor Pete Docter e seus dois co-roteiristas concebem um longa repleto de imaginação, energia e ideias complexas, resultando naquele que talvez seja a produção tematicamente mais ambiciosa da filmografia da Pixar.

Remetendo ao episódio “Woody Allen-em-roupa-de-espermatozoide” contido em Tudo o que Você Sempre quis Saber Sobre Sexo e Tinha Medo de Perguntar, o filme tem início com o nascimento de Riley (Dias), com a qual surge também os elementos principais que atuam em sua consciência: a Alegria (Poehler), a Tristeza (Smith), o Medo (Hader), a Repulsa (Kaling) e a raiva (Black). Usando a sequência de introdução para explicar ao espectador a lógica do mundo interno da menina, Divertida Mente é fascinante ao representar visualmente conceitos como imaginação, personalidade, memórias e até mesmo pensamentos abstratos – e este prólogo é tão eficiente que, a partir dali, somos capazes até mesmo de extrapolar como seria a Central Emocional de uma pessoa tomada pela depressão ou com distúrbio bipolar (embora a história não trate disso).

Dando seguimento aos esforços da Pixar para criar personagens femininas fortes, o roteiro não só representa o sentimento-protagonista, Alegria, como sendo uma mulher, mas também ancora todos os demais personagens no núcleo emocional de uma garotinha que foge do estereótipo “frágil” ou “princesinha”, já que Riley gosta de jogar hóquei, é relativamente independente apesar de ter apenas 11 anos e demonstra uma maturidade admirável. Aliás, se torcemos para que as coisas se resolvam com suas emoções, que são obrigadas a fazer uma jornada interna (metafórica e literal, o que transforma o projeto também em uma espécie de road movie psicológico), é porque nos importamos com Riley e com seus sentimentos (como conceito abstrato e também personagens). E se um dos prazeres do longa é ver as Emoções reagindo aos estímulos externos, não menos instigante é testemunhar como o excelente design de produção encontra maneiras criativas de representar visualmente o temperamento da personagem.

No entanto, Divertida Mente não é simplesmente um espetáculo visual; é, também, um filme de ideias – e complexas. Assim, quando vemos a Alegria tentando argumentar com a Tristeza, é impossível não perceber que a cena na tela é uma projeção externa de diálogos internos que todos já protagonizamos em momentos de melancolia, quando tentamos nos erguer através de uma racionalização muitas vezes fadada ao fracasso (“Por que estou tão triste se tenho filhos saudáveis e felizes, um emprego que amo e etc, etc, etc.?”). Da mesma forma, ver a Tristeza contagiando memórias até então felizes mesmo sendo alertada para não fazê-lo é constatar como a Tristeza não se controla, numa observação madura para um título supostamente infantil e que, de quebra, ainda cria uma representação esteticamente deliciosa ao trazer globos de memórias que assumem as cores dos sentimentos que as inspiraram.

Igualmente brilhante é notar como Pete Docter enfoca as mudanças de paradigma que surgem com o amadurecimento (e particularmente com a adolescência), o que obriga as Emoções a uma readaptação rápida e confusa enquanto os sentimentos se descontrolam. Neste sentido, algumas das sequências mais divertidas do filme são aquelas que trazem os Centros Emocionais de Riley e de seus pais reagindo uns aos outros, sendo também curioso (e revelador) reparar como, nos adultos, a líder não é a Alegria. Finalmente, os roteiristas demonstram com humor como a Raiva descontrolada é algo essencialmente destrutivo – e a escalação de Lewis Black para dor voz a esta é uma decisão absolutamente genial.

Funcionando até mesmo em suas piadas que poderiam ser consideradas mais óbvias (como o trocadilho envolvendo a “linha de pensamento”/”train of though”), Divertida Mente chega a se dar ao luxo de investir em sequências que beiram o surreal (ao retratar os pensamentos abstratos, por exemplo), conseguindo provocar risos no público mais infantil ao mesmo tempo em que encanta os adultos com as gags que exigem um grau maior de sofisticação e/ou conhecimento.

Ainda assim, apesar de todas as muitas virtudes da produção, a maior e mais importante talvez seja sua insistência em destacar que a tristeza é um elemento tão importante da condição humana quanto o êxtase. Pois a verdade é que vivemos numa sociedade cada vez mais obcecada com a alegria colossal e constante – e a base da Publicidade, grande incentivadora desta filosofia perversa, é a venda eterna de um ideal inalcançável de felicidade (uma condição que só poderia ser conquistada se comprássemos este ou aquele produto). Com isso, passou-se a temer a melancolia e qualquer sentimento que não seja o de (auto)satisfação irrefreável, como se precisássemos experimentar alegria o tempo inteiro.

E o que Divertida Mente demonstra para seu público (pequeno e grande) é que a beleza da vida reside precisamente na natureza multicolorida e complexa de nossas experiências, memórias e sentimentos.

 

Las elegidas (Idem, 2015) – 3 estrelas em 5

Dirigido e roteirizado por David Pablos. Com: Óscar Torres, Nancy Talamantes, Leidi Gutiérrez, José Santillán Cabuto, Edward Coward.

Estamos em 2015 e ainda há milhares de mulheres sendo mantidas como escravas sexuais por todo tipo de canalha ao redor do mundo. É algo não só assustador, mas chocante e testamento da pouca evolução de nossa espécie. Para piorar, boa parte da sociedade ignora a dimensão do problema, já que a mídia internacional raramente dedica atenção a algo que não lhe renda audiência – e um tema tão deprimente, complexo e antigo certamente não se encaixa no quesito “favorito do público”.

Assim, é positivo que um filme como Las elegidas busque abordar o assunto, construindo uma história que gira em torno de Ulisses (Torres), um jovem que, influenciado/forçado pelo pai e pelo irmão, seduz uma garota de 14 anos e a obriga a se prostituir. Arrependido, ele faz um acordo com o pai, que libertará Sofia (Talamantes) caso o rapaz lhe arranje outra moça.

Hábil ao retratar a atmosfera claustrofóbica na qual Ulisses vive, o diretor David Pablos mantém o rapaz sempre na base e no canto do quadro, explorando também as paredes rachadas e de cores tristes ao fundo do plano para ressaltar a sensação. Da mesma forma, o cineasta consegue ilustrar o cotidiano deprimente de Sofia através de uma sequência que, apenas através do som e de closes, angustia o espectador diante do que vive a menina.

No entanto, apenas ao ler estes parágrafos você já deve ter percebido um equívoco fundamental em Las elegidas: o roteiro do próprio Pablos (que belo nome) se identifica, obviamente, com o personagem errado, tratando como drama a culpa de um bandido (mesmo iniciante) em vez de o terror de sua vítima.

E o fato de até um filme sobre escravas sexuais optar por adotar o ponto de vista de um homem é algo que só reforça o que disse antes: podemos estar em 2015, mas somos muito, muito atrasados.

 

Cemetery of Splendor (Rak ti Khon Kaen, 2015) – 1 estrela em 5

Dirigido e roteirizado por Apichatpong Weerasethakul. Com: Jenjira Pongpas, Banlop Lomnoi, Jarinpattra Rueangram.

Não, o tailandês Apichatpong Weerasethakul (ou “Joe”) não me convence. Depois de ser torturado por seus vazios Tio Boonmee e Hotel Mekong, até apreciando um ou outro elemento aqui e ali, desta vez devo dizer que minha paciência com a autoindulgência do cineasta se esgotou, já que todos as patetices vistas em seus trabalhos anteriores aqui ressurgem elevadas à enésima potência enquanto as poucas virtudes praticamente desaparecem.

Sim, o design de som ainda é envolvente e há uma ou outra ideia genuinamente interessante (como o comentário sobre nossa capacidade cada vez menor de usar a imaginação), mas, de modo geral, Cemetery of Splendor tem pouco de esplendoroso e muito de motivação para que o espectador deseje estar morto.

Mais uma vez confundindo o sobrenatural/metafísico com algo mágico/belo, “Joe” aqui traz personagens que falam sobre “deixar a energia curar” e médiuns que dizem estar vendo “alguém sentado em algum lugar” – e a picaretagem destes indivíduos só rivaliza com a do cineasta, que parece ter desenvolvido a fórmula perfeita para conquistar certo tipo de público desejoso de enxergar algo profundo em suas construções narrativas. Para isso, basta criar algo suficientemente genérico e vazio para permitir que cada um projete ali o que julga relevante e/ou belo. E quanto aos que descrevem o que é feito pelo tailandês como um cinema de “sensações”, só responder que a sensação imperante em sua obra é a de profundo tédio.

Empregando, como de hábito, longuíssimos planos estáticos que trazem personagens falando e/ou se movimentando lentamente (isto quando se movimentam), Weerasethakul chega a empregar uma mise-en-scène digna de teatro amador ao trazer vários figurantes mudando de lugar em bancos públicos e, claro, os inesquecíveis quadros que se detêm em uma bolsa de urina ou em um personagem defecando em cena – algo que certamente os fãs de “Joe” aplaudem como uma grande coragem artística e com símbolo de uma humanidade inquestionável ou de um desapego às coisa materiais ou de uma comunhão com a natureza comovente.

Já eu interpreto como um alterego do diretor produzindo, na tela, a mesma substância da qual seus filmes são feitos.

Mas esta é a grande proeza do sujeito, que consegue inspirar defesas apaixonadas sobre sua “sensibilidade” mesmo não exibindo qualquer virtude estética, compreensão de ritmo ou de estrutura. Em certo momento, por exemplo, ele cria uma (longa, claro) cena na qual três mulheres se divertem ao observar (e tocar) o pênis ereto de um paciente em coma – um instante que, se presente num filme de Adam Sandler (e poderia estar), despertaria desprezo e apaixonados textos sobre a decadência de Hollywood, mas que, por estar em algo chamado Cemetery of Splendor, representa uma libertação feminina diante da autoridade masculina (ou algo do gênero).

A arrogância do diretor é tamanha, vale apontar, que ele não hesita nem mesmo em dar tapinhas congratulatório nas costas do próprio Cinema que faz ao trazer uma cena na qual várias pessoas se encontram em uma sala de exibição que exibe o trailer de um trash de terror (ah, o Cinema de gênero! Que desgraça para a Sétima Arte!). Impassíveis diante daquelas imagens, elas imediatamente se levantam fascinadas quando a tela se apaga – o que, associado à sequência na qual duas mulheres percorrem um bosque discutindo um palácio que não está lá, completa o comentário de “Joe” não só sobre a “trivialidade” do Cinema contemporâneo, mas também a maneira com que a Arte tem matado a imaginação através de sua estupidez. Algo que logicamente pode ser contornado com obras magistrais como as que o tailandês executa. Claro.

Ao escrever sobre Hotel Mekong, comentei que aquele longa havia me levado a identificar um novo gênero, o “filme-aquário”, que descrevi como construído por “obras que compõem o ambiente, mas não são essenciais a este; você pode olhar para a tela ou não; ler as legendas ou não; sair da sala e retornar a qualquer momento e ele continuará lá sem que você tenha perdido algo importante; é perfeitamente natural contemplá-lo por um longo tempo enquanto pensamos em qualquer outra coisa; e, finalmente, você pode discuti-lo após observá-lo ou não, já que isto não fará qualquer diferença e nada de realmente relevante surgiria da conversa.”

Pois Cemetery of Splendor é, neste sentido, um tanque.

Aliás, se me permitem a coloquialidade da expressão, começo a crer que Weerasethakul está mesmo é de sacanagem conosco, tentando criar a obra mais estúpida que conseguir para ver até que ponto conseguirá se safar sem que alguém perceba sua pegadinha.

Apichatpong Weerasethakul é, em outras palavras, o Ivo Holanda do Cinema.

 

Marguerite & Julien (Idem, 2015) – 1 estrela em 5

Dirigido por Valérie Donzelli. Roteiro de Donzelli e Jérémie Elkaïm. Com: Anaïs Demoustier, Jérémie Elkaïm, Frédéric Pierrot, Aurélia Petit, Raoul Fernandez, Catherine Mouchet e Geraldine Chaplin.

Inspirado em uma história real ocorrida no século 17, Marguerite & Julien conta a trágica história de dois irmãos (Demoustier e Elkaïm, que também co-assina o roteiro) que se apaixonam um pelo outro e passam a ser perseguidos pelas autoridades em função da ilegalidade do incesto.

Tentando conferir um tom fabulesco ao filme, a diretora Valérie Donzelli emprega vários recursos narrativos que buscam ressaltar este caráter, como ao abrir a projeção com uma íris que se expande, revelando os personagens, ao trazer uma narradora e ao iniciar certas cenas com os atores “congelados” apenas para subitamente dar vida à ação. Além disso, a cineasta tenta estabelecer a natureza atemporal e universal de uma história de amor ao investir em elementos anacrônicos: por um lado, não há luz elétrica naquele universo; por outro, há helicópteros e microfones.

No entanto, se é possível compreender o que o filme está tentando fazer, é impossível não perceber como ele fracassa absurdamente. Melodramático ao ponto do ridículo, o projeto ainda tenta levar o público a simplesmente aceitar o envolvimento sexual entre os irmãos – que, por sua vez, levam mais de uma hora de projeção para se darem conta de que, caso tenham filhos, serão ao mesmo tempo pais e tios das crianças. Não sei, mas quando se decide ir para a cama com a(o) irmã(o), seria interessante, antes, pensar um pouquinho em todas as implicações.

Com isso, Marguerite & Julien pode até tentar ser um romance impactante e emocionante, mas consegue ser apenas um Romeu & Julieta pra quem curte incesto. Um público que, suponho, não deve ser dos maiores.

Videocast:

Sobre o autor:

Pablo Villaça, 18 de setembro de 1974, é um crítico cinematográfico brasileiro. É editor do site Cinema em Cena, que criou em 1997, o mais antigo site de cinema no Brasil. Trabalha analisando filmes desde 1994 e colaborou em periódicos nacionais como MovieStar, Sci-Fi News, Sci-Fi Cinema, Replicante e SET. Também é professor de Linguagem e Crítica Cinematográficas.
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