Amigos do Cinema em Cena,
viram que agora podem comentar abaixo dos posts aqui de nossa área exclusiva? Então... mandem bala!
Bom, os filmes que vi nos últimos dias:
O Quarto Azul (Le chambre bleue, França, 2014)
Amalric é um ator sempre interessante e um diretor razoável, mas a história que conta aqui mal parece ser suficiente para sustentar os parcos 76 minutos de duração. O que a mantém relativamente envolvente é justamente o talento de seu elenco e uma pequena ambiguidade em seu desfecho, que, ainda assim, é anticlimático o bastante para quase arruinar as qualidades do projeto. 3/5
O Príncipe (The Prince, EUA, 2014)
O que Bruce Willis e John Cusack estão fazendo como coadjuvantes de Jason Patric numa produção que tem toda a cara de ter sido realizada para lançamento direto em vídeo é algo inexplicável. Além de contar uma história que já serviu de desculpa para trocentos projetos praticamente idênticos, o filme traz sequências de ação burocráticas, diálogos risíveis e personagens unidimensionais, servindo apenas como curiosidade da transformação de Cusack em Nicolas Cage. Fora isso, porém, não consegue ser nem ruim o bastante para se tornar divertido. 1/5
James e o Pêssego Gigante (James and the Giant Peach, Inglaterra, 1996)
Henry Selick tem um apuro estético particular e fascinante – algo que, aqui, serve para despistar a fragilidade de uma das histórias mais fracas de Roald Dahl. Aliás, é um prazer reparar como Selick consegue manter uma notável coesão entre as sequências em stop-motion e aquelas em live-action, adotando uma abordagem visual expressionista que é beneficiada também pelas composições divertidamente horrendas de Miriam Margolyes e Joanna Lumley, que mais do que compensam a inexpressividade do ator-mirim que ancora o projeto. 4/5
Um Faz de Conta que Acontece (Bedtime Stories, EUA, 2008)
Adam Sandler adamsandlerando. 1/5
Tomboy (Idem, França, 2011)
O filme faz um belo estudo sobre o despertar da sexualidade na adolescência ao mesmo tempo em que discute a definição de gênero com complexidade e delicadeza – algo que só se torna possível graças à performance madura, corajosa e surpreendente de Zoe Heran (e também do restante do ótimo elenco infantil). 4/5
Hot Girls Wanted (Idem, EUA, 2015)
Mais um documentário que busca analisar/export uma questão importante a partir de apenas uma meia dúzia de exemplos, este esforço é digno por humanizar as personagens retratadas e seus dilemas. No entanto, embora inclua informações relevantes (e chocantes) em meio à projeção (como o fato de 40% das buscas por vídeos pornográficos online girarem em torno de abuso feminino), a impressão é a de que a dupla de documentaristas está mais interessada em criar certo drama a partir das histórias que escolheu retratar do que em discutir de fato o tema sobre o qual gira o filme. Além disso, a ideia de “redenção” defendida pelo filme e representada por uma das garotas acaba soando mais preconceituosa do que edificante. 3/5
Um grande abraço e bons filmes!