Antes da Pixar criar personalidades para brinquedos, luminárias e guarda-chuvas, o clássico curta-metragem O Balão Vermelho transformou um objeto inanimado na melhor companhia de um garoto e um belo símbolo da infância.
Lançado em 1956, o filme foi dirigido e roteirizado pelo francês Albert Lamorisse, que começou sua carreira na fotografia e realizou outras elogiadas produções como O Cavalo Branco (1953 – veja aqui com legendas em inglês), A Viagem de Balão (1960) e Fifi la plume (1965), até morrer em 1970 em um acidente de helicóptero enquanto rodava cenas de Le vent des amoureux, documentário que foi concluído em 78 a partir de suas notas.
Na trama fantástica de O Balão Vermelho, que prioriza mais as imagens do que as palavras, Lamorisse aborda a inocência e o imaginário infantis, temáticas recorrentes em sua filmografia. A forte cor vermelha do balão contrasta com a cidade cinza e habitada por pessoas indiferentes, cruéis e invejosas. O balão brinca com o menino interpretado por Pascal Lamorisse, filho do diretor, e o acompanha pelas calçadas de Paris como um animal de estimação, mas a amizade entre eles é ameaçada por figuras de autoridade na escola, na igreja e no próprio lar.
Vencedor da Palma de Ouro de Melhor Curta-Metragem no Festival de Cannes e do Oscar de Melhor Roteiro Original, O Balão Vermelho traz, além dos efeitos especiais impressionantes e da tocante trilha sonora, uma história poética que encanta pela simplicidade. Confira:
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