O cineasta Pete Docter já realizou nos estúdios da Pixar animações fantásticas como Monstros S.A. (2001), Up: Altas Aventuras (2009) e o recente Divertida Mente (2015). Portanto, é claro que sua carreira como diretor de curtas-metragens quando ainda era estudante também é digna de aplausos.
Uma dessas obras iniciais é Next Door, de 1990. Como Docter mostra no início do filme desenhado à mão, a história se passa em um mundo totalmente fragmentado, em que cada um vive isolado em sua propriedade. Um dia, uma garotinha ameaça a realidade dura e quadrada de seu vizinho (como pode ser percebido pelo formato de sua cabeça, carro, poltrona e casa) ao sair de sua residência e começar a imaginar os mais diversos mundos.
Sua aparência, em oposição à do rígido homem preocupado com sua meticulosa rotina, é redonda e isso também é retratado no formato de sua casa e em seus traços delicados (curiosamente, esse contraste de visuais é notado no garoto Russell e no septuagenário Carl de Up). As cores, quentes de um lado, frias de outro, reforçam a divisão.
A maioria dos espectadores só passou a conhecer o trabalho da Pixar em 1995, com Toy Story, mas no tocante Next Door, Docter já nos lembrava da importância da infância e da necessidade de encarar o mundo de uma forma diferente, mais inocente e alegre.
Confira:
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