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Cena Geek Review: Rocket Fist Cena Geek

Rocket Fist é um amistoso jogo de robôs que atiram seus punhos em diferentes arenas, como uma dinâmica de um jogo de sinuca. O jogo surpreende como um conjunto divertido de diferentes modos, estágios e seções, customização do seu robô e, arenas para se competir.

Rocket Fist é um jogo indie que foi desenvolvido por dois brasileiros Daniel do Nascimento e Thiago Adamo de forma excepcional, levando prêmio de melhor tecnologia no Gamepolitan 2015, foi um dos destaques na GDC de 2015, no Seattle Indies Expo - PAX 2015 e outros.  

 

 

Com cenários e modelagens de formas reduzidas - mas extremamente refinadas de excelente texturização - Rocket Fist já conquista inicialmente com a estética cartoon. O gameplay, fácil de se entender, consiste em utilizar as barreiras do cenário para fazer o foguete atingir seus inimigos.

Rocket Fist é comparável a jogos para qualquer público colocar as mãos e sair jogando - como Bomberman ou Runbow do Wii U - onde apenas uma tecla e reflexos rápidos são necessários.

Simples, não? 

Mas ainda exige do jogador uma habilidade extra, mesmo no modo normal. Para matar o último chefe encontrei certa dificuldade, pois as AI’s são bem estruturadas e desafiadoras.

No modo single player, são 20 fases que tomarão um pouco do seu tempo, com um total de 4 chefes. As progressões são bem estabelecidas e com uma grande variedade de AI’s, desafiando o jogador a chegar ao final. De forma geral, todos os modos consistem em partidas rápidas e é preciso aplicar diferentes estratégias para sair ganhando.

 

 

Além do modo história, single player e multiplayer (local e online), Rocket Fist também oferece aos jogadores um editor de fases onde se pode alterar tudo, salvar e testar depois. É bem extenso capaz de promover uma personalização completa. Uma excelente forma de fomentar a criação pelos jogadores e seu compartilhamento.

 

 

O multiplayer é o ponto alto de Rocket Fist. Com partidas online ou local, os jogadores poderão escolher entre degladiar-se para ver quem sobreviverá ou quem conseguirá acumular mais pontos. Com até 4 jogadores por arena ou “bots”, a ideia simples faz com que o jogo seja excelente para partidas rápidas contra seus amigos.

Em Rocket Fist você vai encontrar todas essas excelentes características. No entanto, o jogo pode ficar um pouco repetitivo após algum tempo. Há também alguns feedbacks que poderiam ser melhorados, como quando o jogador está no modo single player e morre com o robô - principalmente com uma tela estiver repleta de outros AI’s - é dificil achar seu personagem no meio da confusão quando retorna para a arena.

 

 

O jogo chama atenção no quesito design de som. Não há como deixar de lembrar de jogos antigos 16-bit com a trilha e efeitos feitos por Thiago Adamo. Brasileiro já reconhecido no mercado de games,  pode-se notar que Adamo teve atenção a cada detalhe de Rocket Fist. Isso é muito bem aproveitado nos feedbacks sonoros, onde para cada interação há um som característico.  

É inegável que Rocket Fist representa a indústria indie brasileira em diversos quesitos e com muita qualidade. Um jogo simples, para diversos públicos e criativo. Certamente valerá a pena ficar atento as próximas produções de Daniel e Thiago.

Rocket Fist já está disponível na Steam por 25 reais e no segundo semestre deverá sair para outras plataformas.

 

Sobre o autor:

Nascida no Rio de Janeiro, está em São Paulo há 5 anos e recentemente se formou em Game Design. Apaixonada pelo mundo dos games, desde pequena era considerada a nerd e geek.

Aqui no Cena Geek escreverá sempre sobre notícias desses universos, abordando também tecnologia, fatos interessantes sobre jogos e assim por diante.

Colabora em paralelo para os sites Meia Lua Para Frente Soco e FreakPop com a coluna "Pensando com Portais", focada em jogos.

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