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Cinco produtoras poderosas Clube dos Cinco

No Dia Internacional da Mulher, o Clube dos Cinco presta uma homenagem a produtoras que são diretamente responsáveis por filmes que você provavelmente reconhece mais pelos nomes masculinos envolvidos na direção ou no elenco. Mas não se engane: sem elas, você certamente não teria visto essas produções se tornarem os sucessos que são hoje.

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Mary Pickford - por Larissa Padron

Se já é um pouco complicado para uma mulher ser respeitada no masculino mundo do cinema hoje, imagine como deveria ser no início do século 20? Mas Mary Pickford não apenas conseguiu isto como foi além. Artista desde criança, Pickford iniciou a carreira trabalhando em diversos filmes de ninguém menos do que D.W. Griffith. Mas seus 249 créditos na frente da câmera não são as únicas marcas que a tornaram icônica para o Cinema.

Em 1915, a atriz se tornou produtora e, quatro anos depois, ela, Griffith, Douglas Fairbanks (seu marido na época) e Charles Chaplin, cansados de não terem o controle de seus próprios filmes, fundaram a United Artits, um dos primeiros e mais famosos estúdios dos Estados Unidos.

Pickford ganhou um Oscar por seu papel em Coquete, em 1930, e uma estatueta honorária em 1976, três anos antes de sua morte.

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Kathleen Kennedy - por Renato Silveira

O nome de Steven Spielberg é suficiente para vender qualquer filme. Mas engana-se quem pensa que o cineasta construiu essa reputação sozinho. Depois de estourar com Tubarão (1974) e Contatos Imediatos de Terceiro Grau (1977), Spielberg foi apresentando a Kathleen Kennedy pelo também cineasta John Milius, que na época produzia 1941 - Uma Guerra Muito Louca (1979). A comédia foi o primeiro fracasso da ainda jovem carreira de Spielberg, mas também marcou a primeira parceria entre ele e Kennedy, que juntos viriam a se tornar os dois mais lucrativos produtores de Hollywood.

Eles se juntaram a Frank Marshall (com quem Kennedy viria a se casar em 1987) e fundaram a Amblin Entertainment. Entre os vários sucessos que Kennedy ajudou a tirar do papel na Amblin estão nada menos que E.T. - O Extraterrestre (1982), as franquias Indiana JonesJurassic Park e De Volta Para o Futuro, além de Gremlins (1984), Os Goonies (1985) e Uma Cilada Para Roger Rabbit (1988).

Paralelamente à parceria com Spielberg, que dura até hoje, Kennedy ainda trabalhou com outros diretores de renome, como Clint Eastwood (As Pontes de Madison Além da Vida) e Martin Scorsese (Cabo do Medo), sendo indicada ao Oscar por O Sexto Sentido (1999), de M. Night Shyamalan, e O Curioso Caso de Benjamin Button (2008), de David Fincher. Ela conta com outras seis indicações, mas ainda não foi premiada pela Academia. No único filme de Spielberg que ganhou o Oscar de Melhor Filme, A Lista de Schindler (1993), Kennedy atuou como produtora executiva e, por isso, não teve o nome inscrito na premiação. 

Para quem achava que Kennedy estava satisfeita com todos esses créditos, no ano passado veio a notícia de que ela foi chamada por George Lucas para assumir a presidência da Lucasfilm, após a companhia ter sido comprada pela Disney. Portanto, os próximos episódios de Star Wars estarão sob a sua supervisão.

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Lauren Shuler Donner - por Heitor Valadão

Quando você é uma produtora iniciante e conhece um diretor de cinema bonitão cuja carreira está deslanchando, o que você faz? Torna-se uma fiel e recatada dona de casa ou uma das produtoras mais poderosas de Hollywood?

Lauren Shuler Donner optou pela segunda opção ao se casar com o diretor Richard Donner. Ele, na época, acabava de dirigir dois de seus maiores sucessos: A Profecia (1976) e Superman – O Filme (1978). Em conjunto, ele na direção e ela na produção, fizeram O Feitiço de Áquila (1985), e não mais se largaram. Casaram-se e ela passou a produzir um sucesso atrás do outro como O Primeiro Ano do Resto de Nossas Vidas (1985), A Garota de Rosa Shocking (1986), Dave – Presidente por um Dia (1993), Free Willy (1993) e, mais recentemente, a franquia X-Men. Nesse meio tempo, ela também produziu diversos filmes do marido. Afinal, por que não manter tudo em família?

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Sara Silveira - por Luísa Teixeira de Paula

Em uma entrevista ao sempre ácido ator e diretor Antônio Abujamra, do programa Provocações, a matriarca da produção nacional Sara Silveira disse que “tem que ser macho para produzir cinema”. A verdade é que o conceito de macheza independe do gênero em questão e seu trabalho é prova disto.

Ao lado do cineasta Carlos Reichenbach, com quem estreou nas telonas como assistente de produção em Filme Demência, ela é a mulher por trás da Dezenove Som e Imagens. Responsável pela produção de longas como Alma Corsária (1993), Bicho de Sete Cabeças (2001), Ó Paí, Ó (2007), É Proibido Fumar (2009), Insolação (2009), Trabalhar Cansa (2011), Era Uma Vez Eu, Verônica (2012), Ponto Org (2013), entre outros, Sara também é conhecida pelo trabalho com novos diretores. Juliana Rojas, Marco Dutra, Anna Muylaert e Marcelo Gomes são exemplos de jovens talentos que se beneficiaram de seu objetivo maior: viabilizar propostas distintas de realização de cinema no Brasil.

Não é difícil concordar que a vida de Sara seja fazer filmes. E ela os faz incrivelmente bem, por sinal.

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Vânia Catani - por Larissa Padron

Nas palavras da própria Vânia Catani, produtora de filmes como Feliz Natal (2008) e A Festa da Menina Morta (2008), produzir e distribuir filmes no Brasil é difícil até com lei de incentivo. Existe a dificuldade de conseguir investimento para filmar, depois para fazer com que o filme pronto chegue às salas de cinemas e compita com os blockbusters.

Catani hoje é sócia da Bananeira Filmes, que, além dos títulos já citados, produziu O Palhaço (2011), sucesso de público escolhido para ser o representante brasileiro no Oscar 2013. Clique aqui para ler uma entrevista com a produtora na coluna Que Cinema é Esse? sobre o cinema independente no Brasil.

Menção Honrosa 

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Emma Thomas - por Heitor Valadão

“Ao lado de todo grande homem, sempre há uma grande mulher”. Essa frase não poderia ser mais correta do que no caso de Emma Thomas, esposa de Christopher Nolan (diretor de megasucessos como Batman: O Cavaleiro das Trevas e A Origem) e produtora de todos os seus filmes. E não apenas dos que ele dirige, mas também de O Homem de Aço e da série Geo Genius, do canal National Geographic. 

É uma pena que “em time que está ganhando não se mexe”, porque ainda não tivemos a oportunidade de vê-los trabalhando separadamente em grandes produções. Mas há boas chances de que, longe de Thomas, Nolan não seria hoje o queridinho da Warner Bros. e de todos os fãs dos novos filmes do Cavaleiro das Trevas. 

Thomas tem apenas 15 anos de carreira, mas já pode ser considerada uma das mulheres mais poderosas da indústria de Hollywood atualmente.

Confira também: Podcast #26: Grandes Mulheres do Cinema

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