Sofia Coppola (Maria Antonieta) tem aquilo que chamamos da “maldição do sobrenome”. A jovem diretora sempre é associada ao pai, Francis Ford Coppola (O Poderoso Chefão), e, antes mesmo de se lançar na carreira da direção, era criticada por só ter conseguido chegar ali pelas influências da família na indústria cinematográfica. Porém, logo em seu primeiro grande trabalho, Sofia mostrou que não foram só os contatos que ela herdou dos Coppola, mas também o talento em fazer cinema.
As Virgens Suicidas (1999) tem a sensibilidade que Sofia provaria, em seus filmes seguintes, ser a sua maior marca. A história das cinco irmãs Lisbon une o tema polêmico do suicídio com a descoberta da juventude de uma forma harmônica.
Outra marca que se mostraria mais tarde ser tendência em longas de Sofia é a escolha consciente da trilha sonora. As músicas que servem como pano de fundo para Virgens Suicidas são da banda AIR, formada pelos músicos Jean-Benoít Dunckel e Nicolas Godin, que marcaram a cena eletrônica francesa dos anos 90. Em Playground Love, Jean-Benoít e Nicolas deixam de lado o ritmo frenético para criarem algo que possa representar a leveza do longa.
O clipe da música mostra cenas do drama estrelado por Kirsten Dunst (Melancolia) e os bastidores com Coppola de um ponto de vista inusitado.
Bling Ring: A Gangue de Hollywood, o novo filme da cineasta que foi exibido no 66º Festival de Cannes, chega ao Brasil no dia 12 de julho.
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