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Trilhas sonoras nacionais de destaque Cineclipado

O representante brasileiro na categoria Melhor Filme Estrangeiro da 85ª edição da premiação da Academia será anunciado nesta quinta-feira, 20 de setembro. Nada melhor que aproveitar o momento ufanista para relembrar algumas canções-temas de filmes nacionais que fizeram sucesso e ganharam videoclipes. De Gilberto Gil a Arnaldo Antunes, confira a lista que a nova edição da coluna Cineclipado preparou.

Gilberto Gil é o responsável pela trilha sonora de Eu Tu Eles, de Andrucha Waddington. O vídeo de “Esperando na Janela” (não confundir com a música homônima da banda Cogumelo Plutão) mistura cenas do cantor no estúdio com partes do filme estrelado por Lima Duarte, Regina Casé, Stênio Garcia e Luiz Carlos Vasconcelos.

2 Coelhos é um dos 16 filmes nacionais que estão disputando a chance de ser selecionado como representante brasileiro na disputa dos indicados ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Curioso é que Afonso Poyart optou por uma música estrangeira como tema principal do longa-metragem. A escolha de “Kings and Queens”, do 30 Seconds to Mars, reforça a intenção de atingir um público mais jovem e que é assíduo na internet. O clipe é dirigido pelo próprio vocalista, o também ator Jared Leto (Clube da Luta).

O cineasta Breno Silveira conseguiu romper as barreiras do preconceito em 2005, ano em que lançou a cinebiografia da dupla sertaneja Zezé di Camargo e Luciano. Mesmo para quem nunca foi grande admirador de música sertaneja, controlar o impulso de cantar “No Dia em Que Eu Saí de Casa” se transformou em missão praticamente impossível. O mérito é todo do diretor, que comandou À Beira do Caminho, um dos pré-selecionados na lista para representar o país no Oscar. Assim como em 2 Filhos de Francisco, a música é novamente elemento crucial da obra, mas agora o rei Roberto Carlos é o homenageado da vez.

A trilha sonora ainda conta com participações especiais de Maria Bethania (“É o Amor”), Ney Matogrosso (“Calix Bento”), Nando Reis (“O Lavrador”) e outras músicas do repertório da própria dupla.

A relação do Barão Vermelho com o cinema é bem interessante. Em 1984, a banda havia lançado Maior Abandonado, terceiro disco de estúdio, e desfrutando do sucesso do hit “Bete Balanço”, que foi usado como tema do filme homônimo do mesmo ano. Além de escrever a trilha sonora, Cazuza também fez uma participação especial no longa-metragem. Foi o ponto de partida para o cantor decidir que o Barão era pouco para suas ambições e que era necessário partir para uma carreira solo.

Tudo isso foi ilustrado em 2004, com o lançamento de Cazuza – O Tempo Não Para, de Sandra Werneck e Walter Carvalho. Daniel de Oliveira aceitou o desafio de interpretar um dos maiores poetas da música brasileira e emagreceu cerca de 10 quilos para viver o personagem, além de tomar várias aulas de canto. Ainda que o filme não tenha agradado a maioria dos fãs (a ausência de Ney Matogrosso é uma lástima), o desempenho do ator merece reconhecimento.

Ainda na onda das bandas dos anos 80, Bete Balanço foi o primeiro filme de uma trilogia do rock brasileiro da época. No ano seguinte chegou aos cinemas Rock Estrela, de Lael Rodrigues. A trilha sonora inclui “Olhar 43”, faixa da banda mais indecisa do país. Dentre várias idas e vindas, brigas e reconciliações, o RPM voltou a trabalhar no ano passado e está em turnê pelo Brasil. Só de curiosidade: o último filme da trilogia musical é Rádio Pirata, mesmo nome de um disco ao vivo do RPM.

Bicho de Sete Cabeças, de Laís Bodanzky e Luiz Bolognesi, é um dos meus exemplos favoritos de trilhas sonoras em filmes nacionais. O videoclipe de “Fora de Si”, de Arnaldo Antunes, combina uma letra que compreende a atmosfera pesada do longa-metragem estrelado por Rodrigo Santoro (o ator encabeça o elenco de Heleno, outro dos filmes selecionados para representar o Brasil no Oscar do ano que vem) e cenas do próprio cantor vagando por um hospício.

A faixa tema de Lisbela e o Prisioneiro, de Guel Arraes, se transformou em um dos principais sucessos da carreira do cantor Caetano Veloso, mas muita gente não sabe que “Você Não me Ensinou a Te Esquecer” é de autoria de Fernando Mendes, famoso cantor de MPB na década de 70. Caetano regravou a música especialmente para o romance estrelado por Selton Mello e Débora Falabella em 2003. O vídeo mistura cenas do filme e deixa o cantor atrás das grades, em uma alusão ao sentimento transmitido pela letra.

Quando Ilegal chegou às lojas brasileiras em 2000, o Tihuana dificilmente imaginaria que sete anos depois uma das faixas seria usada como tema de um dos maiores fenômenos do cinema nacional. O videoclipe original de “Tropa de Elite” foi lançado ao vivo, sendo um dos singles do disco de estreia, ao lado de “Pula!” e “Eu vi Gnomos”.  A música ficou conhecida pelo grande público depois que José Padilha a incluiu na trilha sonora do filme homônimo.

O Tihuana voltou a trabalhar com Padilha na continuação, desta vez com a música “Comboio do Terror”, além do retorno da música-tema.

O rapper Gabriel, O Pensador é outro artista que trabalhou na trilha sonora de Tropa de Elite. Padilha foi convidado para dirigir “Nunca Serão”, música que narra um encontro inusitado com o Cap. Nascimento (Wagner Moura). O cantor também participou da trilha de Assalto ao Banco Central, com a música “Sim Não Indiferente”.

Faltou algum clipe? Então participe e deixe o seu comentário sugerindo outras músicas temas marcantes do cinema nacional e que também ganharam videoclipes.
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