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Filmes da Semana - 04/04/2015 Assinantes

Amigos do Cinema em Cena,

vi poucos filmes na última semana. Shame on me. Eles foram:

Atari: Game Over (Idem, EUA, 2014)
Zak Penn é um roteirista talentoso que, depois de ter dirigido dois mockumentaries (ambos trazendo ninguém menos do que Werner Herzog como ator), aqui dirige um documentário que conta com o mesmo divertido senso de humor de seus projetos anteriores. Usando como pano de funda uma escavação para descobrir se realmente milhões de cartuchos de Atari do jogo “E.T.” foram enterrados no deserto pela empresa, Penn reconta a trajetória do console e tenta apontar as causas de seu colapso, entrevistando figuras-chave da época em um longa objetivo e interessante, ainda que soe superficial na maior parte do tempo. 3/5

 

This Is Spinal Tap (Idem, EUA, 1984)
Incrivelmente influente ao estabelecer as regras do mockumentary (embora não tenha inventado o gênero), o filme funciona não só graças ao talento do elenco para o improviso, mas por levar bastante a sério as características musicais da banda ficcional que move a narrativa. Além disso, é importante notar como há vários pequenos arcos ao longo da projeção, desde a relação entre Nigel e David até o destino dos bateristas da banda, demonstrando que o improviso, embora abundante, não ignorou a importância da estrutura. 5/5

 

Jogo Suicida (Suicide Kings, EUA, 1997)
Christopher Walken aqui oferece uma performance “Christopher Walken anabolizado”: todos os seus tiques, trejeitos, cacoetes de interpretação e idiossincrasias surgem com força total, o que faz com que o filme seja assistível apesar da montagem amadora, do roteiro desconjuntado, da trama previsível e dos personagens unidimensionais. Não é à toa que a carreira do diretor Peter O’Fallon não foi pra frente no Cinema; é como se o longa tivesse sido dirigido por alguém sem qualquer noção acerca da linguagem audiovisual. Mas há Christopher Walken. 2/5

 

A Garota que Anda à Noite (A Girl Walks Home Alone, EUA, 2014)
Uma fotografia belíssima a serviço de um filme que confunde um tom contemplativo e uma narrativa existencialista com... o mais absoluto tédio. Eu até poderia escrever mais sobre esse filme, mas não szzzzzzzzzzzzz. 1/5


Velozes & Furiosos 7 (Furious 7, EUA, 2015)
Há crítica aqui no site.


Magnólia (Magnolia, EUA, 1999)
Há crítica aqui no site. E podcast que foi disponibilizado para vocês com antecedência!


O Ano Mais Violento (A Most Violent Year, EUA, 2014)
Há crítica aqui no site.


Going Clear: Scientology and the Prison of Belief (Idem, EUA, 2015)
Alex Gibney usa o livro de Lawrence Wright como base para um documentário devastador sobre a Igreja da Cientologia, seu líder máximo David Miscavige, seus garotos-propaganda Tom Cruise e John Travolta e, claro, seu criador L. Ron Hubbard. Trata-se de um filme tão bem argumentado – contando, para isso, com depoimentos de importantes ex-membros – que se torna difícil imaginar como a Igreja conseguirá responder satisfatoriamente às denúncias aqui apresentadas. 4/5

Sobre o autor:

Pablo Villaça, 18 de setembro de 1974, é um crítico cinematográfico brasileiro. É editor do site Cinema em Cena, que criou em 1997, o mais antigo site de cinema no Brasil. Trabalha analisando filmes desde 1994 e colaborou em periódicos nacionais como MovieStar, Sci-Fi News, Sci-Fi Cinema, Replicante e SET. Também é professor de Linguagem e Crítica Cinematográficas.
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