Datas de Estreia: | Nota: | ||
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Brasil | Exterior | Crítico | Usuários |
20/10/2007 | 05/04/2008 | 2 / 5 | / 5 |
Distribuidora | |||
Duração do filme | |||
88 minuto(s) |
Dirigido por Mark Brecke.
Dividindo seu tema com o superior Screamers (que também abordava o genocídio em Darfur, apesar de se concentrar no massacre dos armênios pelos turcos, em 1915), Transformaram Nosso Deserto em Fogo traz até mesmo a articulada jornalista Samantha Power, especialista
Dirigido pelo estreante Mark Brecke, que esclarece sua falta de familiaridade com qualquer técnica cinematográfica já na narração inicial, o filme realmente exibe problemas graves em sua estrutura, como a repetição irritante de informações, entrevistas longas que deveriam ter sido encurtadas por uma edição mais criteriosa e pela utilização simultânea de gráficos, textos e narração, tornando difícil, para o espectador, assimilar todas aquelas informações apresentadas numa torrente quase incompreensível. Além disso, falta, ao documentário, imagens da tragédia no Sudão que confiram mais peso ao que está sendo discutindo, afastando a questão do âmbito teórico-político e aproximando-o daquilo que realmente é: uma tragédia humana.
Tudo isto contribui para que Transformaram Nosso Deserto em Fogo se torne excessivamente cansativo – algo particularmente grave em um documentário que pretende atrair a atenção do público para uma questão extremamente importante. Aliás, a decisão de Brecker de se colocar no filme é claramente equivocada, soando como um truque inspirado
Dito isso, o filme é inegavelmente importante por chamar nossa atenção, mesmo que pela enésima vez, para o que ocorre
Finalmente, o documentário também apresenta um argumento curioso e pouco discutido: freqüentemente, acusamos os Estados Unidos de engajarem-se com alegria em guerras que envolvam ganhos econômicos ao passo que se afastam de conflitos que tenham cunho predominantemente humanitário – e este é certamente o caso de Darfur. Porém, e o papel dos demais países na questão? E o nosso papel com relação ao genocídio no Sudão? Não seria importante que a pressão e o envolvimento internacionais partissem também de países como o Brasil? Infelizmente, parece que todos acreditam ser mais conveniente esperar que Tio Sam decida quem vale a pena salvar ou não.
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