Datas de Estreia: | Nota: | ||
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Brasil | Exterior | Crítico | Usuários |
01/04/2005 | 28/02/2004 | 1 / 5 | / 5 |
Distribuidora | |||
Duração do filme | |||
95 minuto(s) |
Dirigido por Michael Bafaro. Com: Laura Mennell, Paul Dzenkiw, Christie Will, Kristina Copeland, Chris Harrison, Cathy Weseluck.
No ano passado, publiquei o seguinte comentário no Rotten Tomatoes sobre o filme O Barbeiro:
Em meu arquivo pessoal, no entanto, fui além e escrevi o seguinte:
`Guarde este nome: Michael Bafaro – um novo Ed Wood. O filme é ridículo; a trama e os diálogos são podres, a direção é de incrível incompetência; Malcolm McDowell está caricatural e péssimo. Um dos piores filmes da história.`
Infelizmente, não guardei o nome como deveria e, assim, quando abri a caixa que o correio me entregou na última sexta-feira, foi com indiferença que me vi segurando um filme intitulado 11:11 - um terror produzido no Canadá.
Pois prometo a mim mesmo que não voltarei a esquecer o nome de Michael Bafaro - e, sempre que possível, fugirei correndo sempre que vir algo que o inclua nos créditos. Este 11:11 consegue ser ainda pior do que O Barbeiro, contando uma história absolutamente ridícula sobre uma garota que, depois de testemunhar a morte dos pais, torna-se uma espécie de vidente amalucada. Freqüentando uma universidade a fim de entender o significado dos números 11:11 que vê por todo lado, ela se torna detestada pelos colegas quando vários de seus desafetos morrem ao seu redor.
É difícil listar todos os erros desta porcaria: eu poderia começar pela cena em que uma professora dá uma aula absurda para seus alunos enquanto sua voz reverbera como numa caixa de som - embora ela não esteja usando microfone algum. Ou, talvez, citar o momento em que um rapaz aponta uma arma para a mocinha e é confrontado pelo mocinho: em seus closes, ele aparece apontando a arma de um lado para outro, como se alternasse entre o herói e a heroína. O problema é que, quando vemos estes dois últimos, a garota está se escondendo atrás do namorado, o que torna inexplicável a movimentação de seu inimigo.
Ah, e o que dizer sobre as mortes vistas ao longo da `narrativa`? Sempre que alguém morre, fica momentaneamente aliviado, como se tivesse escapado do destino fatal, mas logo em seguida olha para o próprio corpo e descobre que, de fato, bateu as botas. Ora... por quê? O que isto tem a ver com o resto do filme? Por incrível que pareça, nenhuma explicação é fornecida sobre este `choque` que cada vítima enfrenta.
Aliás, nada é explicado pelo filme. Nada. Quando 11:11 chegou ao fim, eu continuava sem ter a menor idéia do que significava a tal profecia sobre o `apocalipse no ano 2011` ou os motivos por trás das mortes de tantas pessoas. E o que a tal vilã ruiva queria, afinal de contas? E que atores pavorosamente medíocres são aqueles? Como foi feita a escalação do elenco? Através de anúncio nos classificados? E por que estou perdendo tanto tempo com este desperdício de película? O único consolo é saber que isto jamais chegará ao Brasil. Se chegar, será direto em DVD e deverá ser solenemente ignorado por todos.
Michael Bafaro, vulgo `O Anticristo`. Um nome a ser temido.
P.S.: Sim, eu sei que a análise acima está longe de fazer jus aos textos mais detalhados e cuidadosos que costumo publicar por aqui, mas o fato é que a escrevi num impulso de revolta, sem me preocupar com sua estrutura, construção das sentenças ou mesmo o vocabulário. Por que agi assim? Simples: é o tipo de artigo que este filme merece. Se o diretor não pôde gastar alguns minutos para evitar que a sombra da câmera aparecesse várias vezes ao longo da projeção, é porque não ligava para o resultado final. E, com isto, tomou 90 minutos de minha vida. Já foi o bastante.
31 de Agosto de 2004
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