Em conversa com a revista Esquire, Daniel Craig (Cowboys & Aliens) fez algumas declarações interessantes sobre seu papel no inédito 007 Contra Spectre, do diretor Sam Mendes (Beleza Americana).

Primeiramente, o ator refletiu sobre o fato de o espião James Bond ser um símbolo de masculinidade, mas que é incapaz de manter um relacionamento duradouro e vive quase exclusivamente para seu trabalho. “Ele é sozinho para caramba. Há uma tristeza muito grande. Ele transa com essas mulheres lindas, mas elas o deixam e tudo fica... triste. Conforme um homem envelhece, não é algo que cai bem. Pode ser uma boa fantasia – isso é discutível – mas a realidade depois de alguns meses é outra”.

Craig também reconhece que o espião é uma figura um pouco deslocada no mundo moderno e que atualizações na história são necessárias: “Espero que meu Bond não seja tão sexista e misógino como as encarnações passadas do personagem. O mundo mudou. Eu certamente não sou esse tipo de pessoa, mas ele é, então o que isso significa? Significa que você pode escalar ótimas atrizes e criar os melhores papéis possíveis para elas nos filmes. É uma linha difícil de seguir: manter a essência da franquia 007, mas atualizá-la para não parecer que Bond é um dinossauro. É um equilíbrio delicado”.

Por fim, o ator revelou que, no momento, não está pensando em estrelar mais um longa após 007 Contra Spectre: “Eu tenho uma vida e preciso voltar a ela. Mas veremos”.

A história foca em uma enigmática mensagem do passado de James Bond que o incentiva a investigar uma misteriosa organização criminosa. Enquanto M enfrenta forças políticas para manter o serviço secreto vivo, Bond dedica-se a desvendar a terrível verdade por trás da SPECTRE.

Léa Seydoux (Azul é a Cor Mais Quente), Monica Bellucci (Irreversível), Ralph Fiennes (A Lista de Schindler) e Dave Bautista (Guardiões da Galáxia) também integram o elenco da produção que entra em cartaz no dia 5 de novembro. Relembre o trailer: