O Ministério da Cultura anunciou nesta quinta-feira (10/09) que a comédia dramática Que Horas ela Volta? foi escolhida para representar o Brasil na disputa por uma indicação ao Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira, em 2016.

Outros sete longas nacionais estavam interessados na vaga: A História da Eternidade, de Camilo Cavalcante, Alguém Qualquer, de Tristan Aronovich, Campo de Jogo, de Eryk Rocha, Casa Grande, de Fellipe Barbosa, Entrando numa Roubada, de André Moraes, Estrada 47, de Vicente Ferraz, e Estranhos, de Paulo Alcântara.

Os representantes brasileiros anteriores que não conseguiram ser nomeados foram Hoje Eu Quero Voltar Sozinho (2014), de Daniel Ribeiro, O Som ao Redor (2012), de Kleber Mendonça Filho, O Palhaço (2011), de Selton Mello, Tropa de Elite 2: O Inimigo Agora É Outro (2010), de José Padilha, e Lula, o Filho do Brasil (2009), de Fábio Barreto. Central do Brasil (1998) foi o último filme nacional escolhido pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas para concorrer ao Oscar.

A lista oficial de indicados será divulgada no dia 14 de janeiro e a premiação acontecerá no dia 28 de fevereiro. Outras produções que podem ficar com uma das vagas são The Assassin (Taiwan), de Hsiao-hsien Hou, Dheepan (França), de Jacques Audiard, e Son of Saul (Hungria), de László Nemes.

Dirigido e escrito por Anna Muylaert (É Proibido Fumar), Que Horas ela Volta? segue Val, uma empregada doméstica que trabalha em São Paulo e deixou sua filha Jéssica para ser criada por parentes no nordeste do Brasil. Quando Jéssica resolve visitá-la 13 anos depois, ela questiona a passividade das atitudes de sua mãe e todos da casa em que Val trabalha são afetados pelo comportamento inesperado da jovem.

Regina Casé (Eu Tu Eles), Michel Joelsas (O Ano em Que Meus Pais Saíram de Férias), Camila Márdila (O Outro Lado do Paraíso), Karine Teles (O Lobo atrás da Porta) e Lourenço Mutarelli (Quando Eu Era Vivo) integram o elenco. 

O filme está em cartaz nos cinemas brasileiros e foi premiado nos festivais de Berlim e Sundance. Pablo Villaça, crítico e diretor do Cinema em Cena, já assistiu ao longa e você confere sua crítica aqui.