Morreu na segunda-feira (05/10), em Paris, a cineasta belga Chantal Akerman, aos 65 anos de idade. A causa da morte ainda não foi divulgada, mas alguns jornais franceses dizem que ela pode ter cometido suicídio.
Influenciada principalmente pela Nouvelle Vague (sua vocação surgiu após ver O Demônio das Onze Horas aos 15 anos), Chantal começou sua carreira em 1968, com o curta-metragem Saute ma ville (“Exploda minha cidade”, em português). Na década seguinte, ela realizou o elogiado Eu tu ele ela (1976) e o feminista Jeanne Dielman, 23, quai du commerce, 1080 Bruxelles (1975), sobre uma viúva solitária que realiza suas tarefas domésticas e cuida do apartamento onde vive com seu filho adolescente, ao mesmo tempo em que recebe clientes na parte da tarde (veja os vídeos abaixo).
A realizadora também é conhecida por títulos como Os Encontros de Anna (1978), Toda Uma Noite (1982), Noite e Dia (1991), Do Leste (1993), Um Divã em Nova York (1996), com Juliette Binoche e William Hurt, A Prisioneira (2000), Amanhã Nós Mudamos (2004) e A Loucura de Almayer (2011).
Sua última produção foi Não é Um Filme Caseiro (2015), documentário que está sendo exibido no Festival do Rio deste ano e que apresenta o relacionamento de Chantal com sua mãe, uma sobrevivente de Auschwitz, cujo passado e ansiedade crônica influenciaram o trabalho da filha.