Após polêmica gerada pelas novas skins de Laura e Cammy em Street Fighter V, como mostramos aqui, Yoshinori Ono em recente entrevista para a GameSpot, foi perguntado sobre as responsabilidades dos desenvolvedores de jogos promoverem a representatividade e inclusão, já que atualmente são pontos muito levantados em discussões.

Segundo Ono, a Capcom já estava buscando mudanças para suavizar os aspectos que objetificam as personagens femininas desde o ano passado, editando o exagero de finalização de golpes. Recentemente o produtor ouviu alguns feedbacks sobre essa sexualização excessiva e afirma que alguns ângulos de câmera serão editados novamente nas cutscenes de golpes críticos, como os de Mika e Cammy e, será levado em conta a possível alteração de como a câmera interage com os outros personagens. Algo que suavize ainda mais essa objetificação.

Ono ainda acrescenta:

"Queremos que todos sejam capazes de desfrutar ao jogar Street Fighter V. Nós não queremos nada de ofensivo ali. Então, nós estamos trabalhando para sermos capazes de fornecer um ambiente amigável para todos. "

Apesar de alguns fãs não responderem positivamente a decisão e atacar o twitter da empresa, Ono acrescenta:

“A mensagem que queremos oferecer para os nossos fãs é que estamos cientes da identidade da série, isso não mudará em Street Fighter. Podemos em breve fazer mais ajustes e avançar, mas a luta, experiência, batalha, continuará a mesma que define o jogo.”

A Capcom já havia editado essas cenas no ano passado, como foi noticiado pelo site Shoryuken para diminuir o apelo sexual e baixar a classificação do jogo,como no exemplo abaixo:

A decisão e pertinência no assunto é apenas um passo para começarmos a fazer os jogos ferramentas de representatividade, sem tirar a liberdade criativa. Se para alguns jogadores a sexualização e objetificação de personagens femininas é o motivo de compra, será ainda mais desafiador para os desenvolvedores conquistar a todos sem conteúdo exageradamente apelativo.

Fonte:GameSpot