Dirigido por Phyllida Lloyd. Com: Meryl Streep, Amanda Seyfried, Pierce Brosnan, Christine Baranski, Julie Walters, Colin Firth, Stellan Skarsgård, Dominic Cooper.

           (Crítica para ser lida acompanhada da canção “Mamma Mia!”, do ABBA.)

            Em oitenta e seis, houve Hipertensão

            Bem antes, Noites de Amor, Dias de Confusão

            Agora vem essa adaptação

            Um musical ou um novelão? Vejam só...

            O drama da situação:

            A garota que pode ter três pais!

            E o noivo que já não sabe mais

            Se vai casar!

            Mamma Mia! Beatles? Não, é ABBA!

            Ai, ai! O filme nunca acaba!

            Mamma Mia! Across the Universe?

            Não, não. O filme não é esse!

            Sempre convencional

            Nada de original

            Parece vídeo dos anos oitenta

            Mamma Mia! Chega a exagerar

            Ai, ai! Até na câmera lenta!

            E temos que aturar um bando de mulher chata

            Gritam o tempo inteiro, só conversam borracha

            A Julie Walters aqui é uma tortura

            E Colin Firth, na caricatura... O Pierce Brosnan...

            Quando canta parece que rosna!

            Quando ele era o James Bond

            Se cantasse, ele matava uns onze

            O horror!

            Mamma Mia! E a fotografia?

            Ai, ai! Green screen todo dia!

            Mamma Mia! Mas quando é locação

            Aumenta o turismo na região!

            Pelo menos, Meryl Streep

            Uma atriz de outra estirpe

            Enobrece, encanta e enriquece

            Mamma Mia! Quando ela aparece

            Ai, ai! O filme sempre cresce.

            Mamma Mia! Fica tolerável

            Ela sai, tudo fica insuportável.

            Mamma Mia! A Grécia é mesmo bela

            E a montanha, que tem uma capela?!

            Mamma Mia! Sua trilha sonora

            Ainda dá um monte de bola fora.

            Mas podia ser pior

            Pode apostar, eu sei

            Afinal, tive que ver Hairspray!

            Mamma Mia! Um clássico surge?

            Não, não! E viva Moulin Rouge!

12 de Setembro de 2008

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